Já fez LIKE no TVI Notícias?

Circuncisão ajuda a prevenir HIV

Generalização da intervenção poderá salvar muitas vidas segundo a OMS

A circuncisão foi, esta quarta-feira, considerada como um meio suplementar de prevenir e reduzir o risco de transmissão heterossexual do vírus da Sida (HIV), anunciou a Organização Mundial de Saúde, após consulta a um painel de especialistas.

Segundo a OMS e a agência especializada das Nações Unidas ONUSIDA, milhões de vidas poderiam ser salvas, sobretudo na África Negra, se a circuncisão se generalizasse, desde que fossem também reforçados os cuidados de saúde e que os homens circuncidados não adoptem comportamentos de risco por acreditarem estar totalmente protegidos.

PUB

As recomendações resultaram de uma consulta internacional a especialistas organizada entre 06 e 08 de Março na Suíça.

De acordo com três estudos realizados em África (Quénia, Uganda e África do Sul), a circuncisão permite reduzir em cerca de 60 por cento o risco de transmissão heterossexual do VIH ao homem.

Estes dados confirmam as conclusões de pesquisas anteriores que sugeriam que a correlação geográfica entre uma baixa prevalência do HIV e taxas elevadas de circuncisão tem, em parte, uma relação causa-efeito.

Actualmente, estima-se que 30 por cento da população masculina mundial (665 milhões de homens) seja circuncidada.

Segundo a OMS, a circuncisão deve incluir-se num contexto geral de medidas de prevenção do HIV, abrangendo: serviços de aconselhamento e despistagem do HIV, tratamento de infecções sexualmente transmissíveis, promoção de práticas sexuais seguras e fornecimento de preservativos masculinos e femininos, bem como promoção do seu uso regular.

Esta recomendação deverá beneficiar essencialmente regiões onde a prevalência da infecção na população em geral ultrapassa 15 por cento, com propagação do vírus essencialmente por via heterossexual, e onde mais de 80 por cento dos homens não são circuncidados.

Na África Sub-Saariana, que concentra a grande maioria das pessoas infectadas pelo HIV/Sida, a circuncisão permitiria evitar, dentro de vinte anos, seis milhões de novas infecções e três milhões de mortes, indicam as projecções.

PUB

Últimas