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Bugalho critica chamar a PR “traidor à pátria” só para “fazer barulho”

Cabeça de lista da AD às europeias referia-se à proposta do Chega, chumbada na sexta-feira pela Assembleia da República, de avançar com uma queixa contra o PR por traição à pátria, por causa das declarações feitas por Marcelo Rebelo de Sousa sobre as reparações a antigas colónias

O cabeça de lista da AD às europeias alertou, este sábado, que não se pode confundir “divergência com delito de opinião”, recusando chamar ao Presidente da República (PR) traidor à pátria “só para fazer mais ou menos barulho”.

“Podemos não concordar sempre com o que diz o PR, eu muitas vezes não concordo. Temos a liberdade de ter essa opinião. Mas nesta candidatura não confundimos divergência com delito de opinião. Não chamamos traidor à pátria ao nosso PR, não dizemos que o chefe de Estado português está a trair o Estado só porque queremos fazer mais ou menos barulho. Estamos ao lado da democracia, não chamamos traidor a quem foi eleito duas vezes por sufrágio universal, não brincamos com as instituições, isso não fazemos”, afirmou Sebastião Bugalho num discurso durante o almoço em Ponte de Lima, distrito de Viana do Castelo.

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O candidato da Aliança Democrática (coligação composta pelo PSD, CDS e PPM) referia-se à proposta do Chega, chumbada na sexta-feira pela Assembleia da República, de avançar com uma queixa contra o PR por traição à pátria, devido a declarações feitas por Marcelo Rebelo de Sousa sobre as reparações a antigas colónias.

“Já que a comunicação social tem algum interesse, porque a nós o que nos interessa é o nosso programa para a Europa, mas talvez existam algumas saudades de que eu seja comentador, gostava de dizer algo, porque tem a ver com a nossa credibilidade lá fora”, começou por justificar o cabeça-de-lista à plateia de militantes da AD.

Sobre a curiosidade da comunicação social sobre a posição da candidatura sobre o que se tem passado na Assembleia da República, Bugalho alertou ser “a última pessoa a quem podem perguntar” sobre o tema, porque não abandonou o parlamento para “ir para a Europa”.

“Falem com quem se candidatou ao parlamento nacional para ir para a Europa, não com quem quer ser a voz dos portugueses na Europa, não fugindo de nada. Perguntar a quem há dois meses prometia ficar na assembleia”, frisou, numa referência à candidata do PS às Europeias, Marta Temido, que recentemente foi eleita deputada à Assembleia da República.

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Bugalho observou ainda que, “em matéria de direitos humanos e discursos de ódio”, a candidatura da AD não aceita lições.

“Não podemos aceitar que nos deem lições. Quando migrantes foram assaltados, quando narrativas antissemitas foram proferidas por uma candidatura, fomos os primeiros e os únicos a condenar. Quando candidatos, pela Europa fora, foram assaltados e agredidos a colocar cartazes fomos os primeiros a dizer nós estamos solidários”, disse.

O candidato da AD às Europeias disse não aceitar e combater “sempre” estas atitudes, estando “ao lado da democracia que se quer sem violência, com tolerância”.

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