A morte do cidadão ucraniano, Ihor Homeniuk, alegadamente às mãos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no Aeroporto de Lisboa, está a correr o mundo.
A notícia, que foi avançada em primeira mão pela TVI em março, tem sido destaque nos principais órgãos de comunicação social internacionais nos últimos dias.
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O americano New York Times noticia que a morte de Ihor Homeniuk "reverberou em Portugal, colocando em causa as políticas de imigração e detenção do país e provocando apelos à demissão do ministro da Administração Interna".
Morte de ucraniano detido causa indignação em Portugal", pode ler-se no título do artigo.
O New York Times escreve ainda que a morte de Homeniuk em março "não atraiu muita atenção dos grandes media, que na época estavam amplamente focados na pandemia de coronavírus. Mas uma série de artigos sobre o episódio nos meses subsequentes levou à renúncia dos oficiais do SEF e à promessa de Cabrita de que as operações no centro de detenção do aeroporto de Lisboa seriam melhoradas".
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Também o britânico The Guardian destaca os apelos de demissão que Eduardo Cabrita está a enfrentar "após indignação com o espancamento fatal de um ucraniano por polícias de patrulha de fronteira num centro de detenção no aeroporto de Lisboa".
Ministro português enfrenta pedidos de demissão por morte de detido", escreve o The Guardian, revelando que teve acesso ao relatório que detalha "como Ihor foi amarrado por mais de sete horas sem acesso a comida, o que levou a uma asfixia lenta que resultou na sua morte".
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A morte de Ihor Homenyuk nas instalações do SEF levou à acusação de três inspetores deste serviço por homicídio qualificado.
Segundo a acusação, Homenyuk foi isolado na sala dos médicos do mundo dos restantes passageiros estrangeiros, onde permaneceu até ao dia seguinte, tendo sido “atado nas pernas e braços”.
Os inspetores terão algemado-lhe as mãos atrás das costas, amarrado os cotovelos com ligaduras e desferido um número indeterminado de socos e pontapés no corpo.
O caso de Ihor Homenyuk levou à demissão do diretor e do subdiretor de Fronteiras do aeroporto de Lisboa, da diretora do SEF, Cristina Gatões, e à instauração de 12 processos disciplinares.
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