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Quercus exige esclarecimentos sobre derrame de crude

Sines: poluição atingiu várias praias da região

A associação ambientalista Quercus exigiu esta segunda-feira que a Administração do Porto de Sines (APS) preste mais esclarecimentos acerca do derrame de crude ocorrido há uma semana, que atingiu várias praias da zona, interditando-as a banhos, noticia a Lusa.

«Ocorreu um derrame de crude no Porto de Sines, de média gravidade, sem que a APS tenha prestado os esclarecimentos suficientes e obviamente devidos para se evitarem especulações e até para se obterem as colaborações eventualmente voluntárias ou institucionais, aliás previstas no documento Mar Limpo», denunciou a Quercus.

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Em comunicado emitido esta segunda-feira, os ambientalistas lamentaram não ter conseguido obter «informações oficiais» por parte do Porto, já que «nenhum elemento da Administração esteve disponível, apenas tendo sido possível o contacto com um quadro que não tinha informação de pormenor».

«A ausência de informação permite todas as especulações já que, como diz o povo, "quem não deve não teme" e "não há fumo sem fogo"», critica a organização.

A Quercus questiona a veracidade da informação veiculada pela administração portuária de que o derrame ocorrido dia 14 no posto 2 do Terminal de Granéis Líquidos do Porto de Sines, aquando da preparação para uma operação de descarga, seria de dois mil litros.

«O "pequeno» derrame", "de cerca de dois mil litros" que a APS diz ter ocorrido prolongou-se até hoje, passados que são oitos dias, e chegou a 20 quilómetros a sul de Sines», frisam os ambientalistas, juntando o Malhão ao rol de praias atingidas, no concelho de Odemira.

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Durante toda a semana, as praias do concelho de Sines (Vasco da Gama, Morgavel, Vieirinha e Grande de Porto Covo) foram atingidas por pequenas bolas de crude provenientes do derrame, tendo chegado a estar interditas a banhos, até que se concluísse a sua limpeza.

Segundo a Quercus, informações de fontes não oficiais apontam para que o derrame tenha sido, na verdade, de cerca de «três toneladas» de crude, «sendo que outras referem que poderia ter atingido as oito ou dez».

Admitindo que «parte destas informações não sejam totalmente rigorosas», a associação cita novamente «fontes não oficiais», que terão assegurado que «70 por cento dos equipamentos de sucção da APS estão em deficientes condições de operacionalidade» e que «as barreiras de contenção chegaram ao local cerca de quatro horas depois».

«Em seis semanas terão ocorrido dois derrames nos Postos 4 e 2 (em 8 de Junho e 14 de Julho) de que, aliás, ninguém falou!», aponta também.

A organização teme ainda que o navio que descarregava no terminal petroleiro quando se deu o derrame, o Isi Olive, que deverá zarpar hoje do Porto de Sines, parta com o casco por limpar, como, referem, aconteceu com outro petroleiro.

«O Sn Stella largou com o casco sujo, sendo previsível que o vá limpando enquanto navega!», observa a associação.

HB

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