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Portugal precisa de aumentar os impostos aos mais ricos

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Desde 1973 que Richard Eckaus acompanha a evolução da esconomia portuguesa. Em entrevista ao «Diário de Notícias» realizada à margem da conferência «Challenges Ahead for the portuguese Economy» organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e o Banco de Portugal, o professor do MIT reconhece que o país enfrenta actualmente «escolhas muito difíceis».

Olhando para as últimas três décadas qual é a sua opinião. Portugal teve um desempenho melhor ou pior do que esperava quando esteve cá a seguir à revolução?

Em certos capítulos, Portugal esteve melhor. Por exemplo conseguiu atingir um grande nível de estabilidade política. E trouxe alterações muito importantes em termos de qualidade de vida para muitos portugueses em várias áreas: habitação, saúde, e de alguam forma, na educação. No capítulo económico, houve um elevado grau de instabilidade. Alguma foi ultrapassada, mas o que é certo é que Portugal enfrenta algumas escolhas muito difíceis, mais uma vez na sua política económica.

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Uma das recomendações que faz para a actual política económica é a de um sitema fiscal mais progressivo. Porquê?

Portugal tem a distribuição de rendimento mais desigual da União Europeia. Mas há formas de alterar isso e uma delas é a introdução de um mais progressividade no imposto sobre o rendimento. Também foi sugerido pelo meu colega Olivier Blanchard que se aplicasse uma taxa de imposto negativa que providenciasse fundos às pessoas situadas nos escalões mais baixos de rendimento.

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