O presidente do Partido Nacional Renovador escusou-se este sábado a revelar se os elementos de extrema-direita detidos quarta-feira na posse de armas eram militantes do PNR, mas disse acreditar na sua inocência, noticia a Lusa.
«Não quero acreditar que estes nossos camaradas sejam culpados, estou convencido que são inocentes, mas vou aguardar o desenrolar dos acontecimentos», disse José Pinto Coelho durante uma conferência de imprensa em Lisboa.
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Na passada quarta-feira, culminando uma investigação iniciada em 2004 visando elementos conotados com sectores da «extrema-direita violenta» (alguns deles filiados no chapter Português Hammerskin), a PJ desencadeou uma vasta operação em diversos pontos do país que levou à detenção de 31 indivíduos.
Dos 31 indivíduos detidos (27 deles em flagrante delito na posse ou em poder de armas ilegais), 10 foram presentes ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa tendo um ficado em prisão preventiva, três sujeitos à obrigação de permanência no domicílio e os restantes a apresentações periódicas às autoridades.
Mário Machado, líder da Frente Nacional e suspeito de discriminação racial foi o único dos dez elementos a ficar em prisão preventiva aguardando julgamento na zona prisional de Lisboa.
Questionado em conferência de imprensa sobre a filiação destes elementos ao seu partido, o dirigente do PNR disse que o assunto esta em segredo de justiça e que por isso não se pronunciará. Contudo, adiantou que acredita na inocência das pessoas indiciadas e que o partido irá estudar calmamente «caso a caso».
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A conferência de imprensa do PNR surge na sequência do cancelamento do encontro internacional que anunciavam estar previsto para hoje e que reuniria elementos da extrema-direita portuguesa, alemã, espanhola e suíça. O encontro com os jornalistas ocorreu na sala de um hotel do centro de Lisboa.
Perante uma sala cheia de militantes, o presidente do PNR falou da acção da Policia Judiciária condenando as buscas feitas à sede do partido. «Onde já se viu isto? Que outro partido político já passou por isto?», referiu, adiantando que nada foi encontrado.
Segundo José Pinto Coelho, os nacionalistas são sistematicamente conotados com violência e comportamentos perigosos, dando assim «uma imagem redutora, mentirosa, injusta e cobarde». «Condeno os actos violentos, venham de onde vierem» disse, adiantando que o PNR «jamais pode ser responsabilizado por qualquer acto que seja de qualquer militante ou apoiante».
No encontro com os jornalistas, o líder do PNR acusou também a comunicação social e o poder político de «queimarem» a imagem do partido para «evitar o (seu) crescimento».
«A comunicação social, tentando manchar a nossa imagem junto dos portugueses, não tem parado de fazer ligações abusivas e maldosas, gerando com isso um clima de alarme social», referiu o dirigente.
Numa mensagem dirigida aos jovens nacionalistas, o líder do PNR alertou para a necessidade de terem uma conduta exemplar e civilizada. «Amem a vossa Pátria, a vossa Família, a vossa Vida! sejam disciplinados, cumpridores e ordeiros», disse.
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