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Metro de Lisboa vai ter mais duas estações

Estrela e Santos. Mas estão também previstas estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, mas sem data de conclusão prevista. Inicialmente, Governo tinha anunciado quatro novas estações até 2022

O Metropolitano de Lisboa vai ter mais duas estações até 2022 - Estrela e Santos -, estando previstas também estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão, foi anunciado nesta segunda-feira.

De acordo com o plano de desenvolvimento operacional da rede, apresentado em conferência de imprensa, em Lisboa, está previsto o prolongamento da Linha Amarela do Rato ao Cais do Sodré, com duas novas estações na Estrela e em Santos.

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O custo desta obra é de 216 milhões de euros, com recurso a fundos comunitários e a empréstimo no Banco Europeu de Investimento (BEI).

Os concursos devem avançar no 2.º semestre de 2018, estando prevista a entrada ao serviço no final de 2021.

Está também prevista a aquisição de 33 novas carruagens, num investimento estimado de 50 milhões de euros.

O plano foi apresentado pelo presidente do conselho de administração da empresa, Vítor Domingues dos Santos, numa cerimónia com as presenças do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

Será ainda construída uma ligação pedonal subterrânea entre a estação do Rato à Praça de Santa Isabel, permitindo o acesso às Amoreiras.

Para este ano, o Governo prevê ainda ampliar o cais da estação de Arroios e reabilitar instalações, nomeadamente as escadas mecânicas da estação Baixa-Chiado.

O documento prevê, também, o prolongamento da Linha Vermelha entre são Sebastião e Campo de Ourique, com duas estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique.

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No entanto, para este prolongamento, que tem um custo estimado de 186,7 milhões, não há uma data de conclusão prevista, "por ausência de garantias de financiamento". Contudo, a empreitada "deverá vir a ser financiada durante o próximo ciclo de fundos comunitários", segundo o plano.

Estação de Arroios fechada durante 18 meses

A estação de Arroios vai encerrar a 19 de julho durante 18 meses para obras, que vão permitir o funcionamento de comboios com seis carruagens na Linha Verde e custarão mais de sete milhões de euros.

“A estação de Arroios ultrapassa os sete milhões de euros, que são para ser concretizados já este ano e que são fundamentais para que o Metro comece já a prestar um melhor serviço”, destacou o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, à margem do anúncio.

Segundo o plano do Metro, até ao final de maio vai ser escolhida a proposta de empreitada e de remodelação e ampliação desta estação, a única que não pode atualmente receber seis composições.

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A estação vai encerrar a 19 de julho e a partir daí vão passar a circular seis composições em toda a Linha Verde, que liga o Cais do Sodré a Telheiras. As obras têm uma demora prevista de um ano e meio, ou seja, até janeiro de 2019.

A intervenção em Arroios é a mais relevante das pequenas intervenções em estações do Metropolitano, realçou o ministro.

No total, estas pequenas intervenções representam um investimento previsto de 16,2 milhões de euros e são para realizar nos próximos tempos.

Em junho será lançado o concurso para acabar a estação do Areeiro, que passará a ter elevadores.

Até agosto, está previsto o início dos trabalhos para instalação de elevadores e terminar as obras no Colégio Militar e serão também realizadas intervenções na estação dos Olivais e nas escadas rolantes da de Baixa-Chiado.

O lapso do Governo

Na sexta-feira, o Ministério do Ambiente anunciou que a abertura de "quatro novas estações" em Lisboa (Estrela, Santos, Campolide, em vez de Campo de Ourique, e Amoreiras), todas até 2022, num investimento de 684 milhões de euros. 

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"Inseridas em zonas densamente povoadas, é esperado, com estas novas estações, o incremento de 12 milhões de passageiros", podia ler-se no documento divulgado.

Uma informação que foi pouco depois corrigida, em comunicado enviado às redações.

"Lamentavelmente, a nota à Comunicação Social enviada anteriormente por este gabinete tinha incorreções que se impõe corrigir. Nomeadamente, os valores de investimento referidos estavam errados", assumiu a tutela.

Na correção já não havia a indicação do número de estações ou da sua localização. 

"Até 2022, será aumentada a rede e serão construídas novas estações de metropolitano. O plano de desenvolvimento operacional acautela ainda o reforço de material circulante e a contratação de mais colaboradores", constava na nota de esclarecimento.

Os planos de Medina

O presidente da Câmara de Lisboa considerou que a expansão prevista do Metropolitano de Lisboa é o primeiro passo para um plano mais ambicioso que é levar o Metro até Belém e ligar o Aeroporto ao Campo Grande.

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De acordo com Fernando Medina, a ligação da Linha Verde com a Amarela, hoje apresentada, “vai permitir melhorar muitíssimo o funcionamento do Metro na cidade”, permitindo em simultâneo trabalhar na “expansão da Linha Vermelha até Campolide e até Campo de Ourique”.

“Depois queremos nós, num futuro relativamente próximo, fazer aquilo que falta, que é, por um lado, a extensão do Metropolitano para o lado ocidental da cidade, que é a ligação, passando o Vale de Alcântara até ao Alvito, [que] permitirá depois fazer a ligação das freguesias de Alcântara, da Ajuda e de Belém, que são zonas que hoje não têm cobertura do Metropolitano”, afirmou.

O autarca, que ainda não anunciou se se recandidata ou não à Câmara de Lisboa, defendeu que, “também um futuro que espera mais breve”, seja possível fazer a ligação do Aeroporto ao Campo Grande.

“É uma ligação relativamente pequena que falta fazer, mas que vai permitir melhorar muito" a mobilidade em Lisboa, explicou.

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