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Comissão de Utentes Via do Infante critica PS por voto contra fim de portagens

Recordou que António Costa prometeu, antes de chegar ao Governo, numa reunião conjunta em Quarteira, concelho de Loulé, em 2015, que iria “estudar o contrato da Parceria Público Privada e eliminar as portagens no Algarve” se fosse primeiro-ministro

A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) acusou hoje o PS de ter faltado pela “quinta vez” às promessas eleitorais feitas aos algarvios, ao votar contra as propostas que visavam eliminar as portagens na Autoestrada 22 (A22).

A CUVI lamentou que o voto contra dos socialistas e do CDS-PP, juntamente com a abstenção do PSD, tenham permitido rejeitar na Assembleia da República a proposta que o Bloco de Esquerda apresentou para eliminar as portagens na Via do Infante, assim como outra do PCP para eliminá-las em todas as antigas Autoestradas Sem Custos para o Utilizador (SCUT), na votação de propostas de alteração na especialidade do Orçamento do Estado para 2020.

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Veja também: Parlamento rejeita fim das portagens na A23, A24, A25 e Via do Infante

Ou seja, pela 5.ª vez, consecutivamente, em Orçamentos de Estado, o PS voltou a chumbar a eliminação de portagens no Algarve, sendo acompanhado pelo CDS. O PSD limitou-se a optar pela abstenção, pois sabia que o PS ao votar contra seria suficiente para reprovar as propostas apresentadas pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP”, lamentou a CUVI num comunicado.

A Comissão que representa os utilizadores da antiga SCUT do Algarve, agora A22, acusou o PS de voltar “a mostrar a sua arrogância e o desprezo para com o Algarve e as suas populações, na mesma linha do primeiro-ministro António Costa e do seu governo”, que já se “esqueceu completamente das promessas que fez aos algarvios em 2015”.

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A mesma fonte recordou que António Costa prometeu à Comissão de Utentes, antes de chegar ao Governo, numa reunião conjunta em Quarteira, concelho de Loulé, em 2015, que iria “estudar o contrato da Parceria Público Privada e eliminar as portagens no Algarve” se fosse primeiro-ministro, porque a Estrada Nacional 125 (EN125), a única alternativa à A22, estava “transformada num ‘cemitério’ devido ao elevado número de acidentes de viação e de vítimas” que se registavam nessa via.

Como se sabe, além dos elevados prejuízos que têm provocado a nível económico, financeiro e na mobilidade, as portagens fizeram disparar a sinistralidade rodoviária na região, com muitas vítimas, particularmente na EN125, que ainda não se encontra totalmente requalificada entre Olhão e Vila Real de Santo António, sendo considerada uma das vias mais perigosas e mortíferas do país”, sublinhou a CUVI.

Os dados de sinistralidade, que aponta para “10.612 acidentes” no Algarve em 2019, com “36 vítimas mortais e 220 feridos graves”, representam uma nova “tragédia” para a região, que devia fazer “corar de vergonha os governantes e outros responsáveis que persistem em manter umas portagens erradas, injustas e criminosas”, argumentou a Comissão de Utentes.

A CUVI considerou ainda que o PS e Governo liderado por António Costa estão “a comportar-se exatamente como o governo de Passos Coelho e do PSD/CDS”, que foram responsáveis pela introdução de pagamento na A22 a 11 de dezembro de 2011.

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