No dia em que começa o terceiro período do ano letivo com recurso ao ensino à distância, o ministro da Educação disse, em entrevista à TVI, que “é impossível” saber o número exato de alunos sem recursos para acompanharem as aulas online.
Em entrevista ao Jornal da Uma, Tiago Brandão Rodrigues reconheceu que existem crianças e famílias sem acesso aos meios digitais, mas que "é impossível saber o número exato".
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Não podemos chegar imediatamente a todos os nossos jovens", afirmou o ministro, sublinhando que está em curso um levantamento da situação de cada aluno, em conjunto com os agrupamentos escolares, e que "esses números vão sendo adaptados todos os dias".
Tiago Brandão Rodrigues considerou o arranque do 3.º período uma vitória e defendeu que, perante uma "realidade que chega sem pré-aviso", os alunos iriam sofrer consequências nefastas se ficassem seis meses sem aulas.
Elogiando o esforço incansável de adaptação dos professores, Brandão Rodrigues sublinhou que o Ministério "forneceu orientações para que cada uma das escolas possa lidar com a pandemia" à sua maneira.
O ministro da Educação garantiu, ainda, que o Governo colocou em curso um plano de transição digital para que no próximo ano letivo todos os estudantes tenham a hipótese e os recursos para estudarem à distância.
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Esse plano inclui também providenciar as escolas com as soluções infraestruturais necessárias para que não faltem meios de acesso à internet e se consigam adaptar à rede 5G.
Sobre o calendário previsto para a telescola, o ministro da Educação salientou que o formato será composto por um conjunto de blocos temáticos, pedagógicos e curriculares de largo espectro.
A emissão tem de ser sequencial para todos os estudantes dentro de um agregado familiar para que, se existir só uma televisão em casa, todos os alunos possam acompanhar o programa”, explicou Tiago Brandão Rodrigues.
O ministro admitiu, ainda, que não sabe quando é que os alunos do 11.º e 12.º anos vão poder regressar aos estabelecimentos de ensino e defendeu uma constante reavaliação das condições de segurança na comunidade estudantil.
Tiago Brandão Rodrigues garantiu novamente que o Governo assegurou a realização de todas as provas de acesso, que decorrerão entre julho e setembro, e explicou que o cancelamento das provas disciplinares que não contem para o acesso a ensino superior permitiu a agilização das operações.
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