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Mais 40 camas para cuidados continuados para saúde mental

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Para o governo «o doente mental tem que ser encarado como uma pessoa de plenos direitos e portanto não tem de ser segregada, tem de ser tratada com as especificidades necessárias à patologia de que sofre

O secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, divulgou que o governo irá contratualizar 40 camas para cuidados continuados de saúde mental no Centro Hospitalar Conde de Ferreira, da Misericórdia do Porto.

«Vamos começar por contratualizar já nesta primavera camas para cuidados continuados [de saúde mental] provavelmente de apoio máximo ou de apoio moderado», disse à Lusa o governante no final de uma visita à unidade da Santa Casa da Misericórdia do Porto, o Centro Hospitalar Conde de Ferreira.

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Em termos nacionais, o governo pretende «avançar para um número que estará algures próximo das 200 camas» que «não poderão ser todas abertas de imediato» mas «são essas as previsões em termos de saúde mental».

«Aqui no Porto eu penso que estaremos em condições de contratualizar 40 [camas]. É aquilo que eu tenho neste momento já pensado com a ARS [Administração Regional de Saúde] do Norte [e] é isso que vamos procurar negociar com a Santa Casa da Misericórdia», explicou à Lusa.

Sem especificar valores, o governante disse tratar-se de «um investimento seguramente muito inferior comparado àquilo que é o investimento em cuidados gerais de cuidados continuados e seguramente muitíssimo mais inferior do que aquilo que nós gastamos em camas de internamento em hospitais de agudos».

Leal da Costa adiantou que há outras áreas de intervenção na saúde mental que gostaria de «poder vir a contratualizar» com aquela unidade da Misericórdia do Porto, «nomeadamente no apoio em ambulatório, muito concretamente na doença de Alzheimer».

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«Por circunstâncias que se prendem com a epidemiologia destas doenças, a verdade dos factos é que estas respostas são escassas, todos seremos poucos e portanto conto também poder alargar a intervenção da Santa Casa da Misericórdia ao longo dos próximos anos», realçou.

Para o secretário de Estado «a rede de saúde mental foi [nos últimos anos] preterida em função daquilo que eram os acordos já estabelecidos, os investimentos feitos para a rede geral», razão pela qual nos «próximos dois meses» irá assistir-se à junção das redes de cuidados continuados .

Leal da Costa assegurou que o ministério da Saúde, em parceria com o ministério da Solidariedade e Segurança Social, quer este ano «para a rede de cuidados continuados de saúde mental em integração com a rede geral de cuidados continuados».

«Nós vamos alterar a legislação, vamos ter uma rede única com uma coordenação única, envolvendo a saúde mental, envolvendo os idosos, mas também agora criando unidades de cuidados continuados especificamente para doentes com demências, em particular com Alzheimer, e também para um pequeno núcleo que existirá sempre de crianças a precisarem de cuidados continuados», explicou.

Para o governante «o doente mental tem que ser encarado como uma pessoa de plenos direitos e portanto não tem de ser segregada, tem de ser tratada com as especificidades necessárias à patologia de que sofre, mas sempre de forma integrada nas estruturas de saúde», reporta a Lusa.

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