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Falta de arrependimento leva casal burlão à prisão efetiva

Suspeitos foram condenados a três anos e meio e vão cumprir pena porque não mostraram sinais de arrempendimento

O Tribunal de Aveiro condenou hoje a três anos e meio de prisão efetiva um casal suspeito de burlar cerca de duas dezenas de pessoas de todo o país, através de um esquema de falsos empréstimos pessoais.

Durante a leitura do acórdão, a juíza-presidente referiu que o tribunal não ficou com dúvidas quanto à existência deste esquema, classificando como "astuciosa e engenhosa" a atuação do casal.

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Os arguidos, de 52 e 54 anos, foram condenados a três anos e meio de prisão efetiva, pela prática em coautoria de um crime de burla qualificada.

O tribunal decidiu não suspender a pena, atendendo à ausência de demonstração de arrependimento por parte dos acusados, explicou a juíza-presidente.

A magistrada censurou ainda o comportamento dos arguidos, que "procuraram obter rendimentos à custa de pessoas que se encontravam numa situação económica difícil", sublinhando que revelaram "frieza e indiferença", perante o depoimento das pessoas que foram lesadas, algumas das quais choraram em audiência.

Durante o julgamento, o arguido, que trabalha na Câmara de Aveiro, negou os crimes de que estavam acusados, enquanto a sua esposa optou por não prestar declarações.

A alegada burla remonta ao período entre 2008 e 2009.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o casal colocava anúncios em jornais e revistas a oferecer créditos pessoais, indicando um número de telefone.

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As chamadas dos interessados na obtenção de empréstimos eram recebidas pela arguida, doméstica, que solicitava alguns dados pessoais bem como o pagamento de uma quantia monetária a título de despesas administrativas, que variava entre 80 e 480 euros.

Os arguidos ficavam com a totalidade ou parte deste dinheiro para si, mas não diligenciavam pela concretização de qualquer empréstimo.

No total, foram detetadas cerca de 15 pessoas, que foram lesadas em cerca de cinco mil euros. No entanto, de acordo com os investigadores, houve mais pessoas que não procederam ao envio das quantias de dinheiro pedidas pelos arguidos.

 

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