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Números do insucesso são «demagogia»

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Fenprof não acredita em milagres e diz que descida resulta de um «artifício»

Os indicadores de sucesso escolar no ensino secundário melhoraram. A garantia é da ministra da Educação que apresenta números e percentagens. Mas a Federação Nacional de Professores tem dúvidas da veracidade destes dados, quanto mais não seja, explica Francisco Almeida, porque «não acredito em milagres».

A ministra da Educação, «por mais que se esforce, não mudou a face do sistema. Até podia ter adoptado as melhores medidas do mundo, mas não seria possível isso ser visível em dois anos. É uma impossibilidade. Está provado que é assim», explica Francisco Almeida, da Fenprof, ao PortugalDiário.

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E perante isso, e porque há indicadores que não foram incluídos nesta estatística de sucesso, este dirigente não tem dúvidas: «Os números recorrem a alguns artifícios, a uma habilidade estatística. São demagógicos, porque não encaixam totalmente na realidade.

Francisco Almeida explica ao nosso jornal que os dados do insucesso agora relevados não incluem os do abandono escolar, ou seja, a «estatística é feita apenas com os que não desistiram a meio do secundário. Não é preciso ser barra a estatística para perceber que descartando estes números os indicadores de sucesso melhoram».

O facto é que o abandono escolar também diminuiu, mas o dirigente da Fenprof defende que isso se deve ao facto de haver mais cursos de educação e formsção e cursos profissionalizantes.

Outra questão que não está esclarecida nos dados do insucesso escolar é se foram incluídos os trabalhores/ alunos sem o 12ºano a quem foram reconhecidas competências profissionalizantes por forma a obterem este nível de ensino. «Concordo com este sistema, falta é saber se o Governo se está a servir disto», questiona Francisco Almeida.

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Descida do insucesso deve-se aos professores

A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) tem uma leitura diferente destes números. João Dias da Silva, em declarações ao PortugalDiário, considerou-os «positivos» e defendeu que se devem «ao esforço e empenho das escolas e dos professores».

Questionado sobre um eventual facilitismo do ensino, este dirigente afirmou que não tem indicação de que os professores «estejam a ser menos exigentes, nem que estejam a ser pressionados no sentido do facilitismo».

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