Ricardo Araújo Pereira é mais conhecido pelos seus sketches humorísticos do que pelas suas convicções cívicas, mas, esta tarde, decidiu dar a cara pela defesa do «sim» no referendo que se vai realizar a 11 de Fevereiro sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IGV), durante a apresentação de um folheto de campanha do movimento «Jovens pelo Sim».
«Parece-me que uma mulher que aborta não é uma criminosa, e nessa medida não deve ir presa, e, como não deve ir presa, deve fazer o aborto nos sítios onde são feitas todas as outras intervenções médicas. Isto parece-me simples e evidente. É por isso que aceitei o convite do `Jovens pelo Sim¿ para estar aqui hoje», explicou o humorista.
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O mais mediático elemento dos «Gato Fedorento» quis deixar claro: «Não estou aqui para fazer humor». Assinalou que dar a cara na campanha para o referendo «é um acto de cidadania».
Sobre o panfleto apresentado, que apela ao voto no «sim» no referendo de 11 de Fevereiro, Ricardo Araújo Pereira não resistiu a deixar uma farpa, dirigida a alguns apoiantes do «não», que suscitou uma gargalhada de muitos dos presentes que encheram, com os jornalistas, a exígua sede do «Jovens pelo Sim».
«Um panfleto como este parece-me um passo para esclarecer os jovens de forma satisfatória. Aliás uma coisa que me parece refrescante neste panfleto é o facto de não condenar ninguém à excomunhão nem a perdição eterna», disse.
Para o «cidadão» Ricardo Araújo Pereira, «o voto no «sim» abre todas as possibilidades». «Quem não deseja interromper a gravidez pode continuar a interromper a gravidez, enquanto o voto no «não» impede as pessoas de tomarem livremente essa opção», disse.
«Parece-me que esta é uma questão importante, que toca a toda a gente, aos homens, não só aos mulheres, por isso toda a gente devia votar».
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