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Pais de amigo de Angélico pedem 236 mil euros pela morte do filho

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Hélio Filipe seguia no carro conduzido por Angélico na altura em que o ator e cantor se despistou

Os pais de um amigo de Angélico Vieira, morto no mesmo acidente que vitimou o cantor, há dois anos, na A1, pedem 236 mil euros de indemnização, numa ação a decidir a partir de janeiro no tribunal de Aveiro.

Hélio Filipe seguia no carro conduzido por Angélico na altura em que o ator e cantor se despistou num troço da autoestrada Lisboa-Porto, perto de Estarreja, em junho de 2011.

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Os pais de Hélio intentaram uma ação de indemnização no Juízo de Grande Instância Cível de Aveiro contra a mãe de Angélico Vieira, o Fundo de Garantia Automóvel, o stand Impocar (de onde saiu a viatura ao volante da qual o cantor se despistou) e o anterior proprietário do automóvel.

Na ação, os pais de Hélio alegam que o filho morreu devido «à extrema violência do embate do veículo que Angélico conduzia e à velocidade em que seguia».

Já a mãe do cantor alega que o acidente ficou a dever-se ao «mau estado» dos pneus da viatura conduzida por Angélico, que apresentavam «um sulco na banda de rodagem inferior a 1,6 milímetros o que comprometia seriamente a fiabilidade e a segurança do veículo».

«Além de não corresponderem às dimensões inscritas no livrete, os pneus encontravam-se num estado tal em que o seu rebentamento estaria iminente, fosse qual fosse a velocidade praticada pelo condutor», diz a defesa do cantor, representada pelo escritório de advogados João Nabais.

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Opinião diferente tem o proprietário do stand Impocar, para quem o mau estado dos pneus «não são a causa do acidente mas antes o resultado dele».

«Os pneus só ficaram naquele estado por causa do despiste que foi provocado pela velocidade excessiva com que conduzia o cantor», diz a defesa do stand Impocar, acrescentando que "as rodas bateram várias vezes no alcatrão, o que levou ao seu rebentamento e à torção do eixo".

O Fundo de Garantia Automóvel (FGA), por seu lado, defende que o comportamento de Hélio Filipe contribuiu para a sua morte, considerando "manifestamente exagerada" a indemnização pedida em tribunal.

«Não há qualquer dúvida que a circunstância do falecido viajar sem cinto de segurança esteve na origem da projeção e embate violento do seu corpo no separador central em cimento da autoestrada, provocando-lhe as lesões corporais que vieram a originar a sua morte», lê-se na contestação do FGA.

A juíza encarregada do processo agendou para 31 de janeiro uma audiência prévia, que poderá servir para as partes chegarem a acordo.

O cantor e ator Angélico Vieira morreu no Hospital de Santo António, no Porto, dias após o acidente que ocorreu na A1, quilómetro 258,909, sentido norte-sul, pelas 03:15 de 25 de junho, provocando também a morte do passageiro Hélio Filipe e ferimentos nas ocupantes Armanda Leite e Hugo Pinto.

As autoridades concluíram que a viatura se despistou na sequência do rebentamento de um pneu, na altura em que o veículo seguia a uma velocidade entre 206,81 e 237,30 quilómetros horários e realçam que Angélico, assim como o outro passageiro da frente, seguiam com cinto de segurança.

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