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Municípios vão ter planos de segurança rodoviária

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Vai ser feita uma aposta na «georreferenciação» dos acidentes ocorridos

O secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, afirmou esta quinta-feira que o Governo vai promover a elaboração de planos de segurança rodoviária municipais como forma de diminuir a sinistralidade, noticia a Lusa.

Na apresentação do Relatório Anual de Sinistralidade Rodoviária de 2009, no Ministério da Administração Interna, Vasco Franco disse que os planos municipais permitirão às autarquias mudar sinalizações ou eliminar causas de sinistralidade «de forma mais coordenada e dirigida».

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Lembrando que a maior parte dos acidentes - embora não a maioria das mortes - de viação de 2009 ocorreram dentro de localidades, o secretário de Estado afirmou que o Governo promoverá «seminários» nas autarquias e afirmou que os presidentes de Câmara estão interessados.

Vasco Franco afirmou também que se apostará na «georreferenciação» de todos os acidentes ocorridos para conhecer melhor a realidade e identificar todos os «pontos negros» da sinistralidade.

Mais radares

Outra medida será a redução de prazos entre a prática de infracções e a sua notificação aos condutores e a colocação de radares de controlo de velocidade.

O Governo prevê instalar 100 novos radares em 300 pontos possíveis. Numa primeira fase serão instalados 30, fora das localidades.

«Continuam a morrer mais de setecentas pessoas por ano nas estradas portuguesas, não nos conformamos com esta realidade», afirmou Vasco Franco.

Aos jornalistas, o secretário de Estado afirmou que o «comportamento dos condutores» é um factor fundamental para «conseguir melhorias» nos números da sinistralidade: «Está nas mãos de cada condutor defender a sua vida», frisou.

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Na apresentação de resultados, Carlos Lopes, da Unidade de Prevenção Rodoviária, afirmou que o aumento de número de acidentes verificado em 2009 relativamente a 2008 é «um sinal fraco, embora preocupante, mas não revela uma tendência de aumento» continuado.

Entre 2000 e 2009, o número de mortos anual desceu «58 por cento», salientou. Dos 737 mortos contabilizados em acidentes de viação em 2009, 235 conduziam automóveis ligeiros, 148 conduziam motos e 130 eram peões.

Mais de metade dos 35 484 acidentes com vítimas registados foram colisões (18 148), 11 631 foram despistes e 5705 foram atropelamentos.

Em 2009, houve menos 39 mortos nas estradas portuguesas, uma redução de cinco por cento em relação a 2008, mas o número total de acidentes subiu de 33 613 para 35 484, com 2624 feridos graves (mais 18 que em 2008) e 43 790 feridos ligeiros (mais 2463 que no ano anterior).

Foram identificados no ano passado 53 pontos negros - trechos de estrada com menos de duzentos metros onde se registaram cinco ou mais acidentes - que provocaram 321 acidentes com vítimas, envolvendo 541 veículos, que provocaram sete mortos, onze feridos graves e 480 feridos ligeiros.

Segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, 737 pessoas morreram em Portugal Continental em 2009 em consequência de acidentes nas estradas, menos 39 que em 2008.

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