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Número de mortos na estrada desceu para metade

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Portugal está ainda a seis por cento da média da União Europeia em 25 estados-membros

O número de mortos nas estradas portuguesas diminuiu para metade entre 2000 e 2006, tendência que se registou nos primeiros seis meses deste ano, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), refere a agência Lusa.

Os bons resultados obtidos por Portugal entre 2000 e 2006 contribuíram para que fosse distinguido em Bruxelas pela European Transport Safety Council - Conselho Europeu de Segurança Rodoviária.

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O presidente da ANSR, Paulo Marques, referiu que «a partir de 2000 a curva de sinistralidade registou uma tendência decrescente e em 2006 Portugal ficou apenas a seis por cento daquilo que é a média da União Europeia em 25 estados-membros».

Segundo o responsável, Portugal «tem sido o país que mais tem vindo sucessivamente a diminuir a sinistralidade».

Desde 1975 e até 2000, Portugal obtinha os piores indicadores de sinistralidade rodoviária ao nível da União Europeia, tendo ficado marcado o ano de 1991, quando se registaram 48.953 acidentes e causaram 2.475 mortos e 12.548 feridos graves.

A tendência inverteu-se e entre 2000 e 2006, período em que se reduziu em 30 por cento os acidentes nas estradas e diminuíram para metade o número de mortos e de feridos graves.

Neste período a maior redução no número de mortos verificou-se nos acidentes fora das localidades e nos atropelamentos, que reduziram mais de metade.

Número de feridos também desce

De acordo com os dados da ANSR, em 2000 ocorreram 44.159 acidentes com vítimas, de que resultaram 1.629 mortos e 6.918 feridos graves.

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Dos 1.629 mortos, 634 verificaram-se em acidentes dentro das localidades, 275 fora das povoações, 337 em peões e 383 em desastres com veículos de duas rodas.

Por sua vez, em 2006 registaram-se 35.680 acidentes que causaram 850 mortos, dos quais 115 foram acidentes fora das localidades, 393 no interior das povoações, 137 com peões e 205 em desastres com veículos de duas rodas, e 3.483 feridos graves.

A tendência de redução também é notória nos primeiros seis meses deste ano.

Segundo o Ministério da Administração Interna, entre 01 de Janeiro e 21 de Junho morreram 327 pessoas nas estradas portuguesas, menos 43 do que em igual período de 2007.

O número de feridos graves também diminuiu no mesmo período, durante o qual se registaram um total de 1.078, menos 315 do que em período homólogo do ano passado.

Razões para a descida

O presidente da ANSR destacou a melhoria da rede viária, a introdução de medidas de acalmia de tráfego urbano, as inspecções periódicas, o aumento das coimas, a obrigatoriedade dos condutores dos veículos pesados usarem cintos de segurança como algumas das medidas que ajudaram na redução do número de acidentes e de mortos nas estradas.

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Paulo Marques enumerou ainda as alterações do código da estrada em 2005, a obrigatoriedade do pagamento das coimas no local e o aumento da fiscalização por parte das forças de segurança como outros factores.

Portugal tem como ambição diminuir para 579 o número de mortos nas estradas até 2015, equivalente a uma redução de 31,9 por cento face a 2006.

Com três contra-ordenações muito graves fica sem carta

Entra hoje em vigor as alterações ao Código da Estrada, que prevêem a cassação da carta de condução, mediante a autorização do presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, quando forem praticadas tês contra-ordenações muito graves ou cinco contra-ordenações entre graves e muito graves.

Nestes casos, a carta de condução só voltará a ser concedida dois anos após a cassação.

Paulo Marques disse que as alterações ao Código da Estrada vão facilitar o processamento das contra-ordenações e permitem uma clarificação da cassação da carta de condução.

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