Um grupo de 20 refugiados chega a Penela, distrito de Coimbra, no sábado, ao abrigo da quota anual estabelecida entre Portugal e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), anunciou esta sexta-feira a Fundação ADFP.
Estes refugiados integram um grupo de 45 pessoas que chegam no sábado a Portugal, no âmbito do mesmo programa com o ACNUR, ficando os restantes 25 na região da Grande Lisboa.
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A Fundação ADFP – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, que lidera um projeto-piloto no distrito de Coimbra dirigido ao apoio a refugiados com outros parceiros locais, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e vários organismos públicos, explicou que “o primeiro objetivo é o acolhimento de 20 pessoas em quatro apartamentos de tipologia T3 durante dez meses”.
Os 20 refugiados contarão com o “apoio de uma equipa multidisciplinar: intérprete, professora de português, socióloga, antropóloga, psicólogo, enfermeira e técnica serviço social”.
“Nesta equipa de integração há várias nacionalidades: ucraniana, tunisina e um português que foi emigrante em França. A Fundação acredita que o multiculturalismo da equipa técnica facilitará um bom trabalho na integração e inclusão”, referiu a Fundação ADFP.
“O sucesso na integração acontecerá se estas famílias puderem, ao fim dos dez meses, ser autónomas e gozar de independência socioeconómica”, refere.
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Para o sucesso dos projetos de apoio a refugiados, refere ainda, “é fundamental hospitalidade, solidariedade, rede de parceiros e entreajuda coletiva com base em valores democráticos, proximidade e justiça, assim como participação pró-ativa de refugiados e colaboração e abertura da comunidade para atender as necessidades quotidianas de pessoas, que lembramos, estão traumatizadas e vulnerabilizadas pela guerra”.
A Fundação diz que vai preservar e assegurar a “confidencialidade da vida privada e pessoal e os direitos dos refugiados que se baseiam em inúmeros documentos internacionais nacionais e assentam no Direito Internacional Público, Direito Comunitário e Direito Interno, sendo que estes se dedicam em particular à proteção dos direitos humanos e fundamentais, à promoção da dignidade humana e à garantia de todos os princípios”.
Esta estrutura de apoio “vai tentar um trabalho de inclusão que assente em serviços humanistas que respeitem a dignidade das pessoas.
A chegada deste grupo de 45 refugiados é um processo diferente daquele que a União Europeia lidera face à situação de emergência em curso e que colocará em Portugal 4.500 requerentes de proteção internacional nos próximos dois anos.
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