O Ministério Público deduziu acusação contra 11 engenheiros e sete empresas, no âmbito do processo relacionado com a derrocada de um viaduto em Amarante que provocou um morto e oito feridos, em março de 2010.
As empresas terão estado envolvidas no processo construtivo do lanço de autoestrada Amarante/Vila Real, lê-se na página da Internet da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, do Ministério Público.
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Os engenheiros por conta daquelas empresas desempenharam funções na conceção, projeto e construção daquele lanço.
Cada um dos arguidos responde pela alegada prática de dois crimes de infração de regras de construção, um dos quais agravado.
A acusação reporta-se à queda do viaduto "PS1A", do nó de Geraldes, em Amarante, durante a operação de betonagem do seu tabuleiro, ocorrida no dia 10 de março de 2010, pelas 20:15.
A vítima mortal seguia num automóvel no IP4 e foi atingida pela derrocada da infraestrutura, lembra a Lusa.
Os ferimentos afetaram oito trabalhadores envolvidos na operação de betonagem.
De acordo com a acusação, "a queda do viaduto ficou a dever-se ao colapso da estrutura do cimbre que sustentava a cofragem, por via da sua fragilidade e da sua incapacidade para suportar o peso do material que lhe estava a ser colocado em cima no decurso da betonagem".
O Ministério Público considerou indiciado que aquela "insuficiência da estrutura teve na sua origem a falta de rigor técnico na elaboração do projeto do cimbre e nas sucessivas fiscalizações técnicas a que foi sujeito.
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