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Mirandela: pai biológico pede custódia

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Miguel de três anos viveu com pais afectivos e agora vai ser entregue à mãe

O pai biológico de Miguel, a criança de três anos que o Tribunal de Mirandela mandou retirar esta semana à família de afecto para ser entregue à mãe, vai pedir a custódia do menino, disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.

O Tribunal de Mirandela mandou entregar a criança, que nasceu de uma relação extraconjugal - e que está desde os cinco meses entregue ao casal Policarpo, os seus pais afectivos - à sua mãe biológica na passada segunda-feira, tendo passado o Natal com a progenitora.

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Este foi o primeiro Natal de Miguel longe da família afectiva a quem foi entregue pela própria mãe. O pai biológico de Miguel resolveu agora, depois de receber o exame de ADN que confirma a sua paternidade, pedir a guarda do menino, um processo que poderá levar a uma alteração da regulação do poder paternal da criança.

O menino passou o Natal com a mãe biológica, Carla Potêncio, que o entregou, quarta-feira, ao CAT de Mirandela, onde passará as noites, convivendo com a progenitora durante o dia. Carla Potêncio, uma trabalhadora estudante de 30 anos, afirmou hoje à Lusa que foi uma «surpresa muito grande» ter o Miguel consigo nesta quadra natalícia

«Foi muito bom. Há muito tempo que não me sentia tão bem como nestes dois dias. Foi o melhor presente de Natal que me podiam dar e à minha família», disse. Referiu que tudo aconteceu muito rapidamente nos últimos dias, já que a decisão do tribunal foi inesperada. Afirma que conta com a ajuda de familiares para poder proporcionar ao menino tudo o que ele precisar. «O primeiro dia em que estivemos juntos foi complicado, mas os outros a seguir correram muito bem», salientou.

Uma primeira decisão do Tribunal de Mirandela decidiu a entrega, há um ano, do menino à família Policarpo. Posteriormente, em Novembro, o mesmo juiz decidiu devolver a criança à mãe biológica, apesar dos relatórios do Instituto de Reinserção Social (IRS) valorizarem a ligação afectiva entre o casal Policarpo e Miguel.

O pai afectivo diz que este Natal foi muito «triste» e que a única coisa que o move «é lutar pelo bem-estar» do menino. «Por isso, acrescenta, vai ajudar o progenitor a conseguir obter a custódia do menino».

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