Duarte Lima ficou «abismado» com a suspeita de destruição de provas que está na base da aplicação da prisão preventiva. Este sábado à tarde, o ex-deputado recebeu a visita dos advogados no presídio anexo à Polícia Judiciária (PJ). Diz o advogado que o representa que Duarte Lima mostrou estar «sereno» apesar das circunstâncias.
«Está sereno. Está muito atento ao assunto, colocando questões sobre o que é que agora se deve fazer as quais demos resposta», disse Soares da Veiga.
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O encontro durou perto de duas horas e sobre ele o advogado Raúl Soares da Veiga falou muito pouco, mas o suficiente para transmitir a reacção de Duarte Lima às suspeitas de manipulação de provas. «Eu referi-lhe essa notícia. Ele ficou abismado com tal ideia que é completamente surreal», contou o advogado.
Ideia surreal, mas que pesou para a aplicação da prisão preventiva, tal como o perigo de fuga que, na opinião da defesa, não faz sentido. «Não há qualquer indício que o doutor Duarte Lima tenha alguma vez pensado ir para o estrangeiro ou tenha alguma vez pensado ir para o estrangeiro. Nem há qualquer perturbação do inquérito», disse Soares da Veiga.
A defesa vai agora contestar a decisão do juiz Carlos Alexandre. Para isso, já interpôs recurso da prisão preventiva aplicada a Duarte Lima, indiciado pelos crimes de burla, fraude fiscal e branqueamento de capitais num negócio imobiliário financiado com dinheiros do BPN. Um processo distinto daquele que corre no Brasil, e onde o ex-deputado é suspeito do homicídio de Rosalina Ribeiro.
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