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Uma pessoa morreu nas praias portuguesas de jurisdição marítima, entre 01 maio e 25 de junho deste ano, o mesmo número de vítimas que em período homólogo de 2014, de acordo com o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN).
De acordo com o porta-voz do ISN, Nuno Leitão, o organismo registou até ao momento - desde o início da época balnear, que aconteceu a 01 de maio nas praias do concelho de Cascais e algumas a sul do território -, apenas uma morte, a 20 de junho, numa praia não vigiada.
jovem de 16 anos“Temos a registar, nos espaços de jurisdição marítima, um caso mortal numa praia não vigiada, no último sábado”, disse Nuno Leitão, avançando que, no mesmo dia e na mesma praia – Dragão Vermelho, na Costa da Caparica, foram realizados 12 salvamentos.
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O porta-voz do ISN recordou que o balanço da época balnear 2014, no período entre 01 de maio e 29 de setembro, o organismo registou sete casos mortais (12 em 2013), um deles numa praia vigiada na Nazaré e os outros seis casos em praias não vigiadas (dois na Nazaré, um em Lisboa, um em Vila Real de Santo António, um em Leixões e outro no Funchal).
“É completamente impossível ter um nadador salvador atrás de cada banhista durante todo o período do ano, eles existem nas praias na altura expectável de afluência, e por isso é que uma das recomendações que fazemos é que as pessoas devem frequentar as praias vigiadas, só essas garantem um conjunto de condições de segurança não só pela parte do nadador salvador, mas também pela análise das águas, da boa qualidade das areias e das acessibilidades”, advertiu.
“É uma pretensão nossa que os concessionários deixem de contratar e pagar aos nadadores salvadores, devendo ser as autarquias a fazê-lo”, avançou, justificando que esta contratação permitiria acabar com a “não assistência a banhistas nas praias de banhos não concessionadas e nas zonas de banho do interior do país”.
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Esta obrigação “é correta porque o concessionário, nas praias marítimas, ocupa o domínio público marítimo para benefício próprio da sua empresa, ocupa um espaço de todos nós”, sustentou.
Nuno Leitão recordou que há já autarquias que suportam os custos com os nadadores salvadores, lembrando o caso da Câmara de Cascais, que durante o mês de maio suporta esses encargos.
“Mesmo que as câmaras pudessem contratar nadadores salvadores, era impossível que as áreas que estivessem identificadas para a prática balnear no país tivessem um nadador salvador. Não podemos esperar um nadador salvador em cada metro de rio e albufeira”, frisou.
Nuno Leitão acrescentou que o projeto Surf-Salva, que nasceu em 2014, com o apoio da Federação Portuguesa de Surf, tem igualmente contribuído para que os espaços não vigiados estejam mais ‘seguros’, já que os surfistas “são dotados de técnicas e perícias” de forma a serem “uma mais-valia” na segurança balnear e, só no ano passado, foram responsáveis por 80 salvamentos em áreas não vigiadas.
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Quanto aos perigos das praias fluviais, o responsável reconheceu que os banhistas “têm muitas vezes uma falsa segurança”, adiantando que estas “são muito mais perigosas que as marítimas, já que normalmente as águas são mais frias, estão associadas a rios e por isso têm correntes e fundões, têm objetos submersos que representam por si só riscos acrescidos”.
O Instituto de Socorros a Náufragos sublinha a importância de os banhistas respeitarem as indicações do organismo, nomeadamente no que diz respeito ao conselho de que frequentem praias vigiadas e que sigam as regras de segurança básicas.
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