Um professor de matemática de 63 anos, que expulsou uma aluna da sala de aula por estar a perturbar, foi agredido à frente da escola por alegados familiares da estudante do 6.º ano, disseram esta quarta-feira fontes oficiais, citadas pela agência Lusa.
Fonte do Hospital de Vila Nova de Gaia, para onde o professor agredido a murros e pontapés foi transportado, adiantou à agência Lusa que a vítima deu entrada nas urgências daquela unidade hospitalar pelas 14:30 de terça-feira e teve «alta médica pelas 18:07» do mesmo dia.
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O professor de matemática Mário J. S., de 63 anos, foi «agredido ao início da tarde de terça-feira quando se preparava para entrar no estabelecimento de ensino, alegadamente por familiares de uma aluna sua», conta o bombeiro José Pereira, que esteve no local da ocorrência.
Os Bombeiros dos Carvalhos foram chamados à Escola EB 2/3 Padre António Luís Moreira, nos Carvalhos, perto das 14:00 e transportaram a vítima agredida para o Hospital de Vila Nova de Gaia.
Segundo o bombeiro José Pereira, a vítima de agressão apresentava ferimentos no rosto, uma informação confirmada por uma professora da Escola EB 2/3 Padre António Luís Moreira, que presenciou a agressão, mas prefere manter-se no anonimato por medo de retaliações dos agressores.
A professora adiantou que os agressores eram três indivíduos, com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos e que bateram no colega com «murros e pontapés», mas sem armas.
Enquanto batiam no professor caído no chão e lhe diziam «para nunca mais bater em crianças», também o ameaçaram de morte, acrescentou a professora.
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No final da agressão, a estudante do 6.º ano, que tinha sido expulsa da sala de aula pelo professor de matemática, entrou na viatura com os três indivíduos, abandonando o recinto escolar, contou a mesma professora que pede anonimato.
O Conselho Executivo da Escola EB 2/3 Padre António Luís Moreira disse à Lusa que está ao corrente da situação da agressão e que o professor já fez queixa na GNR, mas escusou-se a fazer mais comentários, porque a ocorrência foi registada «fora da escola».
«A direcção da escola está a conduzir um processo de averiguações e a Direcção Regional de Educação do Norte está a acompanhar toda a situação, quer do professor, quer da escola», disse à Lusa fonte do Ministério da Educação, organismo que condena a agressão ao professor.
«O Ministério da Educação e Ciência condena veementemente este tipo de comportamentos e reitera que são totalmente inadmissíveis e intoleráveis agressões verbais e físicas a professores, funcionários ou alunos», disse à Lusa a mesma fonte.
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