O ministro da Agricultura negou que o primeiro-ministro o tenha desautorizado pelo facto do gabinete de Sócrates assumir a negociação das reivindicações da CAP, fazendo a confederação a recuar na decisão de abandonar a reunião da concertação social, informa a agência Lusa.
«O problema está ultrapassado. Não [me sinto desautorizado]. Foi tudo combinado com o primeiro-ministro», disse Jaime Silva aos jornalistas à saída da comissão parlamentar de Assuntos Económicos quando questionado sobre a decisão do primeiro-ministro.
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Recorde-se que , à entrada para a reunião em que está a ser discutida a revisão do Código de Trabalho, José Sócrates lamentou a ausência da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) que considerou ser um parceiro da «maior importância» realçando a «estima pessoal» que tem pelos seus dirigentes.
Perante isto, a CAP decidiu voltar à Concertação Social e participar no encontro, tendo o seu presidente, João Machado dito aos jornalistas que ficou satisfeito com o reconhecimento do primeiro-ministro e com o facto de ele ter chamado ao seu gabinete a negociação do caderno reivindicativo da Confederação.
Jaime Silva aproveitou para dizer que esta polémica com a CAP «está sanada» e que «foi uma tempestade sobrevalorizada», salientando ainda que «não houve corte de diálogo com nenhuma das confederações»: «Está tudo esclarecido, resolvido e sanado» Não somos ingénuos e sabemos que há pessoas que têm agendas políticas».
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