O presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, criticou esta quarta-feira, o que apelidou de «hipócrita estupefacção» daqueles que expressam admiração pela situação financeira do país.
«Estou espantado com as pessoas que agora, de repente, parecem ter acordado», disse Jardim à margem da inauguração de um busto de Simon Bolívar na cidade de Câmara de Lobos.
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«Todos os portugueses têm a obrigação de perceber que é uma situação preocupante», acrescentou, sublinhando que «o que se está a passar era bem previsível».
«Considero hipócrita a estupefacção de quem não esperava uma situação destas. (¿) Há muito anos que venho dizendo que se ia chegar a esta situação, porque o sistema politico constitucional era inadequado, a estrutura do Estado não respondia, o país, ao contrário da Madeira destinava a maior parte das verbas disponíveis a consumo em vez de investir», sublinhou.
Sobre o encontro entre o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, e o primeiro-ministro, José Sócrates, Jardim opinou que não pode ser apenas de fachada. «Encontros para a fotografia são óptimos, mas é preciso é que daí saiam soluções substanciais para se enfrentar isto», apontou.
«Eu dei o exemplo, enterrei questões político-partidárias e há algum tempo que estou a falar de interesse nacional», realçou.
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