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Doenças respiratórias são a terceira causa de internamento

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Apesar da incidência, ««o número de óbitos tem vindo a diminuir»

As doenças respiratórias são a terceira causa de internamento em Portugal, responsáveis pelo equivalente a 900 mil dias de internamento por ano, um «peso social e económico» possível de combater, acredita a Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias (ANTDR).

Para alertar a população para estas doenças, a associação vai realizar a Feira do Pulmão, que irá decorrer entre quarta e sexta-feira no Centro Comercial Colombo, Lisboa, onde serão feitos rastreios a doenças respiratórias.

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Em declarações à Agência Lusa, o presidente da ANTDR, Artur Teles de Araújo, sublinhou que «o número de óbitos tem vindo a diminuir na generalidade das doenças respiratórias».

Contudo, acrescentou, isso não acontece com o cancro do pulmão que está com uma ligeira tendência para aumentar, sendo responsável por 3.500 mortes por ano.

Além das mortes, as doenças respiratórias levam ainda o equivalente a 900 mil dias de internamento por ano (número de dias em que as pessoas ficam internadas devido a estas patologias), explicou Artur Teles de Araújo.

Dados de mais de 3.500 inquéritos realizados em edições anteriores da Feira Pulmão revelaram que mais de 70 por cento dos participantes têm queixas respiratórias frequentes, 47 por cento tem tosse e 44 por cento expectoração.

«Estes são os principais sintomas das doenças respiratórias, mas continuam a ser ignorados», salienta a associação, que realiza esta iniciativa em parceria com a Sociedade Portuguesas de Alergologia e de Pneumologia, a Associação de Asmáticos e a Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas (Respira).

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O desconhecimento que a população ainda tem dos sintomas destas doenças justifica a realização anual de uma iniciativa como a Feira do Pulmão e de rastreios para prevenir o seu aparecimento, refere a ANTDR.

Fumar aumenta o risco

Além da informação sobre prevenção, os participantes na Feira podem ainda fazer rastreios de despiste da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e outras doenças alérgicas e respiratórias, assim como orientação e sensibilização sobre as vantagens de deixar de fumar, explicou Teles de Araújo.

Dados da associação indicam que as doenças alérgicas respiratórias atingem cerca de dois milhões de portugueses, enquanto cerca de cinco por cento da população com mais de 40 anos tem Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC).

A associação alerta ainda que os grandes factores de risco para o desenvolvimento de doença respiratória são a poluição atmosférica, mas sobretudo o tabaco, que é responsável por 11,7 por cento das mortes em Portugal.

Setenta por cento dos fumadores sofrem ou virão a sofrer de DPOC, adianta a ANTDR, realçando que os fumadores homens têm um risco 23 vezes superior de vir a ter cancro do pulmão, que desce para 13 vezes se forem mulheres. Esse risco cai para um terço se abandonarem o tabaco, acrescenta.

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