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Mari Alkatiri: «Reinado sentiu-se traído»

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Ex-primeiro ministro de Timor-Leste fez a revelação sobre o major fugitivo

O major fugitivo Alfredo Reinado «sentiu-se traído e quer que os seus mandantes assumam também as suas responsabilidades», afirmou quinta-feira à Lusa o secretário-geral da Fretilin e ex-primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri.

«Alfredo Reinado veio dizer agora aquilo que nós sabíamos que tinha existido», declarou Mari Alkatiri numa entrevista sobre a situação política em Timor-Leste.

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Questionado sobre a aproximação recente de posições entre Alfredo Reinado e a Fretilin, de grande inimizade, durante e depois da crise de 2006, até uma convergência objectiva de posições contra Xanana Gusmão, o ex-primeiro-ministro considerou-a «natural».

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«Sempre dissemos que houve conspiração e que houve golpe», explicou Mari Alkatiri sobre as acusações feitas pelo major Alfredo Reinado na última entrevista conhecida.

Numa gravação vídeo que circula em Díli desde o início de Janeiro, divulgada em vários círculos afectos à Fretilin, o ex-comandante da Polícia Militar acusa o actual primeiro-ministro, Xanana Gusmão, de ser o responsável pela crise de 2006.

«Reinado vem dizê-lo porque ele foi parte do golpe», afirmou Mari Alkatiri à Lusa.

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«Agora o que ele quer é que os seus mandantes assumam também as suas responsabilidades, uma vez que ele tem que ir para a justiça», acrescentou o líder da Fretilin.

Lula da Silva recebe Ramos-Horta em Brasília

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, será recebido pelo chefe de Estado do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva no próximo dia 31, no Palácio do Planalto, anunciou quinta-feira à Lusa o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

«É a manutenção de um diálogo estreito e fluido entre Brasil e Timor-Leste. Haverá um reforço no sentido de passar em revista os projectos de cooperação já existentes, como o da consolidação do ensino de língua portuguesa», afirmou a chefe do Departamento da Ásia e Oceânia do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixadora Regina Dunlop.

Segundo a diplomata, há actualmente 50 professores brasileiros a trabalhar em Timor-Leste.

Regina Dunlop manifestou ainda a confiança do governo brasileiro na consolidação institucional do Estado timorense.

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«Timor-Leste é uma nação jovem, que obviamente enfrenta percalços para a consolidação institucional do Estado e precisa de contar com a ajuda internacional. O Brasil tem confiança de que Timor-Leste vai trilhar um caminho soberano e democrático rumo ao desenvolvimento», assinalou.

Actualmente, os três grandes problemas de Timor-Leste são os cerca de 100 mil deslocados, as cinco centenas de peticionários, a maioria armados, e o fugitivo major Alfredo Reinado, um dos protagonistas da crise político-militar de 2006.

O programa da visita de Ramos-Horta ao Brasil, que inclui o Rio de Janeiro e Brasília, está ainda a ser ultimado.

A previsão é de que Ramos-Horta chegue ao Rio de Janeiro no dia 28 de Janeiro, seguindo para Brasília no dia 30.

No Rio de Janeiro, o PR timorense terá encontros com o governador Sérgio Cabral, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), e com o presidente do Comité Olímpico Brasileiro, Carlos Artur Nuzman.

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