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Autarcas rejeitam regionalização de Santana

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Consideram positivo que o Algarve possa ser uma região piloto, mas falam em aproveitamento político

Os autarcas algarvios concordam com a criação de uma experiência piloto de regionalização no Algarve, proposta por Pedro Santana Lopes, mas atiram para a próxima legislatura o início do processo e alguns falam em aproveitamento político do candidato, noticia a agência Lusa.

O candidato a presidente do PSD Pedro Santana Lopes propôs terça-feira, durante a apresentação oficial das linhas de acção da sua candidatura, «criar uma experiência piloto de regionalização no Algarve».

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O autarca de Monchique, Carlos Tuta (PS), considera a regionalização piloto «uma ideia bem-vinda», mas lamenta, por seu turno, que Pedro Santana Lopes coloque na agenda um projecto que está «fora de prazo».

O essencial para o autarca de Monchique é que o Governo PS «assuma no início da legislatura de 2009/2013 a regionalização».

O autarca de Faro, José Apolinário (PS), não é contra a possibilidade do Algarve se tornar na região piloto para a regionalização, mas deixou claro que nesta legislatura tal não será possível devido à imposição da simultaneidade prevista na Constituição da República Portuguesa (CRP).

«Julgo que a questão da regionalização deve ser retomada na próxima legislatura e entendo que o Algarve não deve descartar a ideia de ser uma região piloto mesmo que isso signifique uma alteração da Constituição Portuguesa», defendeu Apolinário.

Para José Apolinário é impreterível que tanto PS como PSD se comprometam a relançar o tema da regionalização, contudo observou que tal só será possível na próxima legislatura, pois «nos tempos mais próximos essa proposta tem um handicap».

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Já o líder da autarquia de Portimão, Manuel da Luz (PS), diz, por seu turno, que a ideia já devia ter sido posta no terreno, porque o Algarve reúne «todas as condições» para se testar a regionalização, a nível geográfico, político e administrativo.

Na autarquia de Loulé, o autarca Seruca Emídio (PSD) também defende que a regionalização deva arrancar no Algarve, contudo observa que o país e o próprio PSD «têm temas mais sérios para debater neste momento que não a regionalização».

«Era um bom tubo de ensaio começar pelo Algarve [a regionalização]. Faz todo o sentido, é natural o Algarve ser a região piloto porque está geograficamente delineada e há uma identificação muito grande dos algarvios em termos culturais e geográficos», explica Seruca Emídio.

O autarca de Aljezur, Manuel Marreiros (PS), também aceita a experiência piloto, mas coloca «reservas quanto à paixão» anunciada por Pedro Santana Lopes.

«Isso é um assunto previsto na CRP e se não está executado é por culpa do PS e PSD. Não sou contra [a regionalização], mas só acredito vendo», declara.

O presidente da Câmara de Tavira, Macário Correia (PSD), referiu que a proposta de Santana Lopes já faz parte do «património da família social-democrata» e congratulou-se com o facto da «classe política de Lisboa» dar razão às reivindicações dos algarvios.

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