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Fogos foram combatidos de «forma eficiente», diz comandante

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Comandante nacional da Proteção Civil diz, no entanto, que «há sempre lições a retirar»

O comandante nacional da Proteção Civil, Vítor Vaz Pinto, disse esta segunda-feira, em Faro, que seria «impossível» os bombeiros chegarem em tempo útil a todos os locais onde lavrava o incêndio que consumiu parte da serra algarvia. Estas declarações surgem depois de ter admitido, em declarações à RTP no domingo à noite, que tinha havido uma falha sua na avaliação da estratégia de combate ao fogo: «Nós pensávamos que na quinta-feira de manhã o incêndio estaria dominado. Eu enganei-me, essa avaliação foi minha».

Após estas declarações, que surgiram na sequência de várias críticas à atuação dos bombeiros, Vaz Pinto, sublinha agora que seria impossível aos bombeiros chegarem a todos os pontos em tempo útil, dada a dimensão do incêndio, que deflagrou na quarta-feira em Cachopo, Tavira, e só foi dominado ao quarto dia, no sábado.

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Contudo, apesar de entender que os meios acionados foram sempre os «adequados e ajustados a cada momento», e a operação conduzida de «forma eficiente», ressalvou que «há sempre lições a retirar».

Relativamente às falhas na coordenação das operações apontadas pelos autarcas dos concelhos envolvidos, São Brás de Alportel e Tavira, o comandante nacional disse desconhecer a que coordenação se estavam a referir.

«Não sei a coordenação a que se referem. Houve coordenação operacional e coordenação institucional, tal como houve comando adequado ao desenrolar de toda a situação», referiu.

Sublinhando não ter memória de ter envolvidos tantos operacionais numa situação como esta, Vaz Pinto lembrou ainda que sustentar logisticamente uma operação desta envergadura «não é fácil», referindo-se ao facto de terem estado no terreno mais de 1100 operacionais, mais de 200 veículos e 13 meios aéreos.

Vaz Pinto é também o anterior comandante distrital de operações de socorro de Faro, distrito aonde chegou em 2004, exatamente no ano em que a mesma parte da serra algarvia foi fustigada por um grande incêndio.

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O comandante nacional chegou a fazer uma estimativa, em que previa que na quinta-feira à tarde os bombeiros iriam conseguir travar o incêndio, mas tal só aconteceu dois dias depois.

Vaz Pinto relatou que um técnico florestal com quem falou lhe dizia que em cerca de duas horas o incêndio consumiu 7.000 hectares, algo a que confessou nunca ter assistido.

«Tratou-se de um fenómeno que não é comum», embora aquela zona - a serra do Caldeirão ¿ tenha características específicas que favorecem a propagação de incêndios.

Vaz Pinto acrescentou apenas que mantém a confiança no dispositivo operacional.

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