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Estudantes do Secundário pedem fim dos exames nacionais

Alunos consideram que provas promovem a «desigualdade» e impedem os alunos «de concluir os seus estudos»

Um movimento estudantil reivindicou, esta segunda-feira, na Direção Regional de Educação do Norte (DREN), o fim dos exames nacionais, considerando que estes promovem a «desigualdade» e impedem os alunos «de concluir os seus estudos».

Numa carta aberta, entregue à DREN e endereçada ao primeiro-ministro e ao ministro da Educação e da Ciência, o movimento estudantil considerou que os exames nacionais são não só «uma forma de afastar muitos estudantes do ensino superior e também impedir outros tantos de concluir os seus estudos» como ainda põem «em desigualdade de acesso todos aqueles que têm dificuldades financeiras».

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«Não queremos a facilitação de nada, só queremos a igualdade», disse aos jornalistas a aluna do 12.º ano Catarina Albuquerque, no dia que marca o início da primeira fase dos exames nacionais, prova que entrou em vigor em 1996 e desde aí é debatida pelos estudantes do Secundário.

Da manifestação fez também parte um «foto-protesto», que consistiu na colagem de cerca de cento e vinte cartazes, num muro em frente às instalações da DREN, com fotografias e a identificação de alunos de escolas de todo o país, que deram assim «a cara contra os exames».

«As pessoas estão muito ligadas à questão digital e tecnológica, achámos que era uma boa ideia partilhar as fotos uns dos outros para darmos a cara, porque nós não somos só números, somos pessoas», sustentou Catarina Albuquerque.

A estudante garantiu que não é uma questão de «facilitismo», mas sim de justiça, o que se traduziria numa «avaliação contínua desde o 10.º ano», na qual os alunos podem progredir e «dar o seu melhor», ao contrário do que acontece nos exames nacionais, com um peso de 30 por cento na nota final, nos quais muitos «falham» por razões como stresse ou pressão.

«Achamos que avaliação pontual deve ter dificuldades e deve colocar desafios aos estudantes, mas não deve ser ao final de três anos, a avaliar esses três anos também, o que nos mete sob pressão e não tem em conta a participação nas aulas, que é fundamental», afirmou.

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