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Escola de Viseu dá o exemplo: 100 dias sem garrafas de plástico

Alunos da Secundária Alves Martins querem contribuir para a diminuição da quantidade deste material que chega aos oceanos e compromete a fauna e a flora e a saúde dos humanos

Cem alunos da Escola Secundária Alves Martins, de Viseu, aceitaram o desafio de, durante cem dias, não usarem garrafas de plástico, de forma a contribuírem para a diminuição da quantidade deste material que chega aos oceanos

Desde o dia 19 que cem alunos de várias turmas do 12.º ano de escolaridade e de uma turma do 10.º ano carregam diariamente o seu cantil azul, que receberam depois de terem assinado a declaração de compromisso Cem dias sem plásticos.

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Quando lhes falei pela primeira vez na possibilidade de usarem um cantil, estavam um bocadinho desconfiados. Agora, noto que andam todos vaidosos com o cantil. Chegam à sala de aulas e põem-no em cima da mesa”, explicou à Lusa Fátima Pinho, professora de Biologia e Geologia.

Esta docente desenvolve o projeto juntamente com as docentes Alda Nabais (de Química e Física) e Graça Pinto Pereira (de Inglês e Alemão) 

A secundária Alves Martins é uma das seis escolas-piloto nacionais do projeto europeu EduCO2cean, cofundado pelo programa ERASMUS+, que envolve vários países e que é coordenado, a nível nacional, pela Associação Portuguesa de Educação Ambiental. O principal objetivo é sensibilizar para a proteção dos oceanos.

Fátima Pinho contou que os alunos abastecem os seus cantis em distribuidores de água colocados na escola. O projeto já é considerado um sucesso, estando a ser equacionado entregarem mais cantis, porque “há alunos que também querem aderir”.

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“A ideia é alargar o projeto à escola toda no próximo ano letivo”, frisou, considerando que, como já muitos professores e alunos têm demonstrado interesse, isso acontecerá naturalmente.

A docente contou que, até 29 de maio, serão realizadas várias iniciativas - como palestras, ações de sensibilização, infografias e curtas-metragens - que alertam para o problema da acumulação de plásticos nos oceanos.

Os alunos vão ter que fazer uma estimativa do quanto estão a evitar que vá para os oceanos. Fazem a estimativa para eles os cem, depois para a escola toda, depois para três escolas do concelho e por aí adiante”.

Os resultados serão apresentados numa cerimónia a realizar no final de maio.

Plásticos, como cotonetes, palhinhas ou sacos de plásticos descartáveis, vão parar aos oceanos e deterioram-se, dando origem a pequenas partículas que são ingeridas pelos animais e levam à sua morte.

Os microplásticos também são um ingrediente de muitos cosméticos e produtos de higiene pessoal, como exfoliantes para cabelo, corpo e rosto, pastas e cremes dentais, entrando na rede de esgotos, mas como são demasiado pequenos para serem completamente filtrados nos sistemas de tratamento vão para os rios e mares.

Estas partículas acabam por entrar na cadeia alimentar dos humanos, representanto, igualmente, um risco para a sua saúde.

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