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INEM: 11 das 17 ambulâncias estão paradas

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Números da comissão de trabalhadores. Uma guerra de números, já que organismo adianta que só uma está inoperacional e que a segurança está garantida

Ricardo Rocha explicou, no entanto, que “algumas dessas ambulâncias que estão operacionais ainda estão com a tripulação da noite, porque se não aparecer ninguém, os técnicos são obrigados a ficar mais duas horas até que a entidade patronal lhe arranje substituto. Senão aparecer substituto, este número vai aumentar”, ou seja, a partir das 10:00, altura em que perfaz as duas horas após o final do turno da noite. No entanto, Ivone Ferreira, do INEM, garantiu à Lusa que “estão operacionais 16 viaturas” enquanto a 17.ª só estará operacional pelas 10:00, uma vez que a tripulante está com horário reduzido para amamentação. "A situação já está mal – lembrar que são 11 ambulâncias inoperacionais – mas quer dizer que os colegas que não forem substituídos, estes números poderão claramente aumentar", alertou Ricardo Rocha. "Temos informação de que alguns daqueles elementos que não são técnicos de emergência se estão a deslocar para essas ambulâncias. Põem-se em causa não só o facto de não haver ambulâncias, é também o facto de não serem técnicos de emergência a tripular essas ambulâncias", concluiu.

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 A comissão de trabalhadores denunciou esta segunda-feira que 11 das 17 ambulâncias existentes em Lisboa do serviço do INEM estão paradas devido à recusa dos técnicos em fazer turnos extra, mas o organismo revela que só uma está inoperacional. Proteção Civil já tinha alertado para o problema. 

Em declarações, Rui Gonçalves, representante da Comissão de Trabalhadores, adiantou que  “pelas 9:00 já se encontram 11 ambulâncias inoperacionais, além de uma das duas motas do serviço de emergência médica e de constrangimentos no CODO (Centros de Orientação de Doentes Urgentes)", cita a Lusa. 

Ricardo Rocha, presidente do sindicato dos técnicos de ambulância, acrescentou à TVI24, "temos a informação de que 11 ambulâncias estão paradas mais uma mota", Mais: Alguns colegas do CODU se juntaram ao protesto e neste momento só existem nove operadores na central". 

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"Não fomos nós que dissemos que o socorro não iria ficar em causa. O INEM é que garantiu. Se as ambulâncias ficarem inoperacionais, a tutela e o INEM que tirem as ilações se o socorro ficou em causa ou não", reiterou.  

Ivone Ferreira adiantou ainda que o serviço de emergência está a ser assegurado na capital lisboeta, acrescentando a existência de outras 75 ambulâncias, dos bombeiros da Grande Lisboa, disponíveis para ajudar nos serviços de urgência.

“A segurança dos doentes está garantida na cidade de Lisboa. Temos 75 ambulâncias [dos bombeiros ao serviço] como nunca tivemos graças à solidariedade do Sistema Integrado de Emergência Médica”, assegurou Ivone Ferreira.

O presidente do sindicato dos técnicos de ambulância “declina na totalidade o envio de mensagens”, embora, “as pessoas são livres de informar os colegas" de que participam na jornada de luta, recordando que este foi um "movimento espontâneo dos trabalhadores" a que o sindicato presta o seu “apoio”, disse à TVI24. 

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Numa nota após estas declarações, o INEM garantiu em comunicado que a emergência médica está assegurada hoje em Lisboa e que participará ao Ministério Público contra quem contribuir para colocar em risco o socorro urgente a pessoas.

Segundo o instituto, "existem mesmo SMS [mensagens via telemóvel] que incentivam ao absentismo e ao abandono do serviço, depois de iniciado, através de mecanismos diversos e abundantemente sugeridos".

Recorda que tais "comportamentos não podem ser tolerados na Administração Pública" por revelarem "falta de profissionalismo" que poderá colocar em risco o atendimento emergente.

Nesses casos, o INEM participará ao Ministério Público todos os que contribuam para "colocar em risco o socorro urgente a pessoas".

Ricardo Rocha, do Sindicato dos Técnicos de Ambulâncias de Emergência, explicou ainda à Lusa estar em causa o serviço de socorro, já desde há algum tempo, com os técnicos de emergência a terem de fazer 23 a 24 dias consecutivos de trabalho.

O sindicalista adiantou que as horas extraordinárias já ultrapassaram as 150 anuais, sublinhando: "e ainda estamos no mês de junho”.

Domingo, os técnicos de emergência médica iniciaram uma vigília por volta das 00:00 que juntou cerca de cem pessoas à porta da sede do Instituto Nacional de Estatística, em Lisboa, numa forma de protesto silenciosa.  

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