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A comissão de trabalhadores denunciou esta segunda-feira que 11 das 17 ambulâncias existentes em Lisboa do serviço do INEM estão paradas devido à recusa dos técnicos em fazer turnos extra, mas o organismo revela que só uma está inoperacional. Proteção Civil já tinha alertado para o problema.
Em declarações, Rui Gonçalves, representante da Comissão de Trabalhadores, adiantou que “pelas 9:00 já se encontram 11 ambulâncias inoperacionais, além de uma das duas motas do serviço de emergência médica e de constrangimentos no CODO (Centros de Orientação de Doentes Urgentes)", cita a Lusa.
Ricardo Rocha, presidente do sindicato dos técnicos de ambulância, acrescentou à TVI24, "temos a informação de que 11 ambulâncias estão paradas mais uma mota", Mais: Alguns colegas do CODU se juntaram ao protesto e neste momento só existem nove operadores na central".
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"Não fomos nós que dissemos que o socorro não iria ficar em causa. O INEM é que garantiu. Se as ambulâncias ficarem inoperacionais, a tutela e o INEM que tirem as ilações se o socorro ficou em causa ou não", reiterou.
Ivone Ferreira adiantou ainda que o serviço de emergência está a ser assegurado na capital lisboeta, acrescentando a existência de outras 75 ambulâncias, dos bombeiros da Grande Lisboa, disponíveis para ajudar nos serviços de urgência.
“A segurança dos doentes está garantida na cidade de Lisboa. Temos 75 ambulâncias [dos bombeiros ao serviço] como nunca tivemos graças à solidariedade do Sistema Integrado de Emergência Médica”, assegurou Ivone Ferreira.
O presidente do sindicato dos técnicos de ambulância “declina na totalidade o envio de mensagens”, embora, “as pessoas são livres de informar os colegas" de que participam na jornada de luta, recordando que este foi um "movimento espontâneo dos trabalhadores" a que o sindicato presta o seu “apoio”, disse à TVI24.
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Numa nota após estas declarações, o INEM garantiu em comunicado que a emergência médica está assegurada hoje em Lisboa e que participará ao Ministério Público contra quem contribuir para colocar em risco o socorro urgente a pessoas.
Segundo o instituto, "existem mesmo SMS [mensagens via telemóvel] que incentivam ao absentismo e ao abandono do serviço, depois de iniciado, através de mecanismos diversos e abundantemente sugeridos".
Recorda que tais "comportamentos não podem ser tolerados na Administração Pública" por revelarem "falta de profissionalismo" que poderá colocar em risco o atendimento emergente.
Nesses casos, o INEM participará ao Ministério Público todos os que contribuam para "colocar em risco o socorro urgente a pessoas".
Ricardo Rocha, do Sindicato dos Técnicos de Ambulâncias de Emergência, explicou ainda à Lusa estar em causa o serviço de socorro, já desde há algum tempo, com os técnicos de emergência a terem de fazer 23 a 24 dias consecutivos de trabalho.
O sindicalista adiantou que as horas extraordinárias já ultrapassaram as 150 anuais, sublinhando: "e ainda estamos no mês de junho”.
Domingo, os técnicos de emergência médica iniciaram uma vigília por volta das 00:00 que juntou cerca de cem pessoas à porta da sede do Instituto Nacional de Estatística, em Lisboa, numa forma de protesto silenciosa.
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