O actual sistema de saúde está em degradação e é insustentável, conclui um estudo do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), que recomenda um novo modelo de financiamento que incida nos resultados.
«Propomos uma mudança de paradigma: pensar em financiar os cuidados de saúde e não as condições que permitam vir a possibilitar esses cuidados», defendeu o economista Augusto Mateus, coordenador do estudo.
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Assim, o financiamento do sistema deveria ser feito através da satisfação das necessidades da população e não através das infra-estruturas.
«O Estado deve querer é que os portugueses tenham acesso a cuidados de saúde e não ter três hospitais separados por 30 quilómetros de distância», exemplificou.
Para os autores do estudo, ficou demonstrado «que não é possível continuar a assistir à degradação» da sustentabilidade do sistema de saúde.
Novos centros podem ser solução
O Governo está a preparar a criação de novos centros hospitalares que «aumentem a eficiência» e permitam poupar, anunciou a ministra da Saúde, Ana Jorge.
«Está a ser preparado um movimento de criação de centros hospitalares que aumentem a eficiência na gestão e gerem poupanças significativas, sem colocar em causa a quantidade e a qualidade de prestação de cuidados», afirmou a governante, numa conferência anual promovida pelo «Health Cluster Portugal».
Ana Jorge sublinhou que o Governo «está apostado» em conseguir uma maior eficiência na gestão dos hospitais. Para isso, no próximo ano promete aplicar as conclusões do grupo técnico para a reforma da organização dos hospitais.
Entre outras propostas, o documento sugere rever a constituição das administrações dos hospitais, assegurando a representação efectiva dos cidadãos no processo de decisão.
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