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Madeira: Bispo defende manutenção do feriado de 15 de Agosto

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Bispo manifestou esperança que o estatuto autonómico do arquipélago o permita

O bispo do Funchal, Dom António Carrilho, defendeu, esta quinta-feira, a manutenção do feriado de 15 de Agosto na Madeira, atendendo à importância da data na região, e manifestou esperança que o estatuto autonómico do arquipélago o permita.

«Perante a questão que agora se coloca, a minha esperança está em que, dado o estatuto de autonomia da região, se possa salvaguardar a proposta da Conferência Episcopal quanto ao dia 8 de Dezembro, como grande festa da padroeira e rainha de Portugal, admitindo, no entanto, que se conserve o dia 15 de Agosto como dia santo e feriado na Madeira e no Porto Santo», afirmou António Carrilho, na homilia da missa da solenidade da Imaculada Conceição que celebrou na Sé do Funchal, como noticia a agência Lusa.

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O bispo do Funchal considerou que é «este, aliás, o desejo de muitos católicos e das autoridades regionais e locais que, de algum modo, já se têm manifestado».

Reconhecendo que «será difícil, sem dúvida, optar entre o dia 8 de Dezembro, Imaculada Conceição, e o dia 15 de Agosto, Assunção de Nossa Senhora», António Carrilho sublinhou a importância deste último feriado para a região.

«Entre nós, concretamente, ainda que as opiniões possam divergir e apesar do reconhecido significado da festa da Imaculada Conceição e das muitas tradições que lhe estão associadas, o dia 15 de Agosto afigura-se igualmente ou até mais importante, com profundas marcas e expressões em toda a diocese, tanto para os residentes, como para os milhares de emigrantes que então nos visitam», disse o prelado.

Dom António Carrilho destacou que é nesse dia que «são celebradas, em grande número de paróquias e com participação de fiéis de toda a ilha, muitas festas e arraiais em honra de Nossa Senhora, nas suas diversas invocações, nomeadamente a festa da Senhora do Monte, padroeira da cidade e da Diocese do Funchal».

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O Governo vai acabar com quatro feriados, dois civis e dois católicos, com o objectivo de aumentar a competitividade e a produtividade das empresas.

Na última Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, em Novembro, os bispos consideraram intocável o feriado de 8 de Dezembro e disseram esperar que as negociações sobre a mudança da data de celebração dos feriados religiosos se centrem sobre o do Corpo de Deus, entre Maio e Junho, 60 dias após a Páscoa, e o da Assunção de Nossa Senhora.

No mesmo mês, o Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa da Madeira apresentou um projecto de resolução no qual apela à Igreja Católica e aos órgãos da República para a manutenção do feriado de 15 de Agosto na região.

No documento, os sociais-democratas sublinham o «impacto» que o feriado religioso de 15 de Agosto tem «na cultura e tradição do povo madeirense e suas comunidades na diáspora», além da presença, na região, nessa data, «de muitos residentes fora da Madeira».

Nesse sentido, o PSD-M pede que se mantenha este feriado religioso na Madeira «por troca com outro», sugerindo o 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos, ou o 8 de Dezembro, propondo ainda a «troca com um dos feriados civis», 1 de Dezembro, restauração da independência, ou o 5 de Outubro, implantação da República.

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