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Pinto da Costa jura inocência «perante Deus»

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Presidente do FC Porto considera acusação do «caso do envelope» do «Apito Dourado» uma «tramóia»

O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, considerou esta sexta-feira a acusação do «caso do envelope» do «Apito Dourado» uma «tramóia» e jurou inocência perante a juíza do processo e «perante Deus».

Pediu mesmo «que caiam todos os males» sobre quem esteve na origem da «tramóia» e da «maquiavélica» suspeição levada a julgamento.

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«Caso do envelope» com alegações finais

Numa declaração ao tribunal, após as alegações finais, o dirigente portista disse ser «totalmente falso» que tenha dado «o que quer que fosse» ao árbitro Augusto Duarte «com envelope ou sem envelope».

Renovou a sua tese de que no jogo em questão - o Beira Mar-FC Porto da época 2003/004 - o seu clube é que foi prejudicado ao ser perdoado um penalti sobre o avançado Benni McCarthy.

Nas alegações finais, o advogado de Pinto da Costa, Gil Moreira dos Santos, disse que «não há certezas, nem indícios» de corrupção e que espera «justiça».

«Chegamos ao momento da decisão, da verdade, em que não há certezas, nem indícios. Apesar da paixão da defesa, espero que a justiça venha da sua pena, Sua Excelência», disse Gil Moreira dos Santos dirigindo-se ao tribunal.

O advogado referiu ainda a «imprudência» de Pinto da Costa em receber em casa o árbitro Augusto Duarte, mas salientou que é preciso provar que houve acto ilícito. «Receber Augusto Duarte em casa é algo imprudente, mas é preciso que se prove que houve acto ilícito», referiu.

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«Chorrilho de contradições»

«Prova nenhuma se fez de nada», disse, por seu turno, o advogado do árbitro Augusto Duarte, Marcelino Pires, que classificou os testemunhos de Carolina Salgado (ex-companheira de Pinto da Costa) sobre a matéria um «chorrilho de contradições» e pediu a absolvição dos três arguidos.

«Mentiu para se vingar», disse também, numa linha de argumentação similar à de João Machado Vaz, advogado do empresário António Araújo, que pediu igualmente a absolvição dos três arguidos.

Antes, o Ministério Público já tinha pedido a condenação dos três arguidos, considerando terem ficado provadas as suspeitas de corrupção.

O procurador José Augusto Sá desvalorizou as contradições nos depoimentos de Carolina Salgado, mantendo que o seu testemunho deve ser considerado.

«Até pode ser [que se quisesse vingar de Pinto da Costa], mas isso não significa que estivesse a mentir», disse, considerando que as escutas telefónicas confirmam a sua perspectiva.

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Razões «pessoais e familiares»

Já quanto à tese defendida pelos arguidos em audiência quanto às razões «pessoais e familiares» que terão levado o árbitro Augusto Duarte a casa de Pinto da Costa, o procurador afirmou: «Isto é mentira para mim. Mas a quem compete acreditar, ou não, na sua peta é à senhora juíza».

Por isso, concluiu, «devem ser dados com provados todos os factos e condenados os arguidos». A leitura do acórdão foi marcada para 03 de Abril às 14:00.

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