Ontem uma mulher foi baleada à porta de casa, quando estacionava o carro, em Loures. Esta madrugada, num shopping em Oeiras, um jovem foi baleado na cabeça quando surpreendeu um assaltante que tentava furtar um veículo.
Em apenas uma semana, o concelho de Loures, às portas de Lisboa foi palco de seis crimes violentos. São contas que recordam o número de armas ilegais que circulam ainda no país.
PUB
Mulher foi atingida a tiro no peito
Cadáver encontrado em contentor
No segundo aniversário da Lei das Armas, no final de Fevereiro, Rui Sá Gomes, secretário de Estado da Administração Interna, recordou o total de 6500 armas recolhidas como «um sucesso muito importante», mas reconheceu não ser suficiente. Apesar de não haver estatísticas fiáveis, as armas ilegais já foram estimadas em 770 mil, o mesmo número que as armas legalizadas no nosso país.
Recorde-se que a Lei das Armas veio reforçar a criminalização da posse e uso ilegais de armas e passou a punir o tráfico até aos 12 anos de cadeia. Em 2006, entre Agosto e Dezembro, o Governo permitiu à população um desarmamento voluntário.
PUB
Violência: Governo está atento
O ministro da Administração Interna garante que o Governo está atento ao fenómeno da violência e confiante que a Polícia Judiciária irá descobrir o autor do disparo que provocou a morte a uma mulher, ao início da noite de sexta-feira. Rui Pereira disse ainda que «as forças de segurança portuguesas tudo estão a fazer em todos os domínios para evitar crimes desta natureza, por exemplo, em zonas onde se tem verificado um risco mais elevado» e garantiu que esse trabalho será reforçado.
«Estamos atentos à necessidade de criar programas de prevenção para fenómenos como o carjacking, que exigem respostas especiais», disse. Ao nível da secretaria de Estado da Administração Interna, acrescentou, «estamos a preparar um programa que conta com a intervenção da tecnologia, com a intervenção de produtores e de vendedores de automóveis para garantir que há uma boa resposta a esse fenómeno».
Seis mortes violentas em Loures
Recorde-se que só em Loures, e numa semana, seis pessoas morreram de forma violenta. No passado sábado, um homem foi morto num café em Camarate. Quatro homens encapuzados e armados entraram no «Brasileiro» e antes de fugirem balearam na cabeça um empregado que tentou resistir.
PUB
Na quinta-feira, Sacavém foi de novo palco de violência: desta vez o Bairro do Catujal assistiu a um duplo homicídio seguido de suicídio. O filho terá morto os pais e cortado a jugular em seguida. A vizinha relaciona o crime com problemas de toxicodependência.
Horas depois, ainda quinta-feira, o cadáver de um travesti foi encontrado num contentor no concelho de Loures.
Esta sexta-feira, ao início da noite, um mulher foi baleada mortalmente depois de ter estacionado o carro à porta de casa, na Urbanização Real Forte, em Sacavém.
O Correio da Manhã escreve este sábado que poderá tratar-se de uma tentativa de carjacking. Contudo, a Judiciária não adianta o motivo para o crime, deixando em aberto todas as possibilidades. Sabe-se contudo que a mulher estava ao telemóvel, com a directora da empresa onde trabalhava, quando foi abordada por um homem armado. Ainda pediu socorro à pessoa que estava do outro lado da linha, mas o assaltante terá disparado e fugido a pé.
PUB