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CGTP nega plano para bloquear trânsito na ponte 25 de Abril

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«Não vamos entrar no jogo de provocação do Governo», promete Arménio Carlos

O secretário-geral da CGTP negou que esteja em preparação um bloqueio do trânsito da ponte 25 de Abril, no sábado, antes da concentração em Alcântara, e acusou o Governo de estar num «jogo de provocação».

Arménio Carlos falava aos jornalistas no final de uma reunião com o Grupo Parlamentar do PS, na Assembleia da República, depois de confrontado com o desafio do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, no sentido de desafiar a CGTP a recorrer aos tribunais face à decisão de proibir a manifestação desta central sindical na ponte 25 de Abril, em Lisboa.

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O secretário-geral da CGTP recusou o desafio, contrapondo que Miguel Macedo «já percebeu há muito tempo que o problema é político e que não tem argumentos nenhuns para justificar o despacho que fez».

«A CGTP não vai para tribunal, não vale a pena, porque o tribunal administrativo não se pronunciaria antes da realização da manifestação. Nós vamos mesmo passar pela ponte 25 de Abril. Se não vamos a pé, vamos em viaturas motorizadas, normais ou pesadas», respondeu o dirigente máximo desta central sindical.

Neste contexto, Arménio Carlos foi interrogado se admite a possibilidade de haver no sábado um bloqueio do trânsito na ponte 25 de Abril, antes da realização da concentração, em Alcântara (Lisboa).

«Se quiséssemos bloquear a ponte, não tínhamos tomado a decisão que tomámos. Não vamos entrar no jogo de provocação do Governo, que está fragilizado, enfraquecido e que sabe que a esmagadora maioria da população está contra ele, particularmente após serem conhecidas as medidas do Orçamento do Estado para 2014. Não vamos dar ao Governo a possibilidade de utilizar outros meios repressivos para pôr em causa um direito de cidadania, que é o direito de manifestação», declarou Arménio Carlos.

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Questionado se a CGTP antevê desacatos nas manifestações de sábado, o líder da central sindical voltou a rejeitar essa perspetiva.

«Nós não estamos ali para provocar desacatos e, por isso mesmo, tomámos a decisão de não entrar naquilo que o Governo pretendia, que era uma posição de confronto. Confronto pelo confronto não. A nossa arma não é o confronto violento seja com quem for, mas a da argumentação, da proposta e da demonstração da alternativa», contrapôs.

Já sobre o objetivo final da CGTP após ter convocado uma série de paralisações e de greves convocadas até meados de novembro, Arménio Carlos deixou esse esclarecimento em aberto.

«Como em tudo da vida, uma coisa de cada vez: sábado vamos ter duas grandes marchas em Lisboa e no Porto; dia 25 haverá uma greve dos CTT contra a privatização destes serviços; está agendada uma quinzena de luta dos transportes com impacto mais significativo na primeira semana de novembro (paralisações na Soflusa, Transtejo, Carris e, eventualmente, dos ferroviários, para além do Metropolitano de Lisboa e STCP); dia 8 de novembro haverá uma greve da Frente Comum na administração pública. Depois, cá estaremos para ver o que vamos fazer a seguir», respondeu Arménio Carlos.

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