Têm a mesma idade, foram criados juntos e estudaram sempre nas mesmas escolas. Uma mulher de 23 anos, que pediu para não ser identificada, é vizinha da família de Wellington Nazaré e confessou ao PortugalDiário a sua surpresa pelo sucedido na agência bancária da Campolide.
«Quando eu vi as imagens na Internet, fiquei muito surpreendida. O Wellington tem uma família muito rígida, com muitas regras de educação. Continuo sem perceber por que é que ele fez isso», revelou.
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Wellington tem duas irmãs, mas esta vizinha conhece-o melhor a ele, porque são da mesma idade: «Ele aqui era um menino bom, não se envolvia em nada de errado. Estava sempre muito quieto até. Ele namorava e foi para Portugal com ideia de se casar».
Família de Wellington quer que pague pelos erros
A última vez que contactou com Wellington foi «ainda no Brasil», mas tem seguido as notícias com muita atenção, como todos os vizinhos da família. «Aqui no bairro comenta-se que pode ter sido influência dos amigos. Claro que ninguém faz a cabeça de ninguém, mas continuo a pôr essa hipótese. Imagine que alguém falou para ele que havia uma oportunidade melhor para fazer dinheiro...», disse.
«Ele precisa da família e dos amigos»
A brasileira de 23 anos faz a sua própria avaliação das autoridades portuguesas, comentando a possibilidade da família avançar com um processo.
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«A polícia portuguesa agiu como qualquer polícia, em sua defesa e dos outros. Não sei se a família vai avançar com o processo, nem sei se essa é a melhor solução. O que eles deviam fazer é tentar trazê-lo para cá, porque ele precisa da família e dos amigos nesse momento tão difícil», sublinhou.
Sempre em contacto com as reacções ao assalto através do PortugalDiário, a vizinha da família Nazaré acredita que os portugueses não vão generalizar esta situação:
«Não acho que agora os portugueses vão maltratar os brasileiros que estão lá [em Portugal]. Vocês sabem que nem todo o mundo é igual, não é?».
Assaltante pode cumprir apenas 1/3 da pena
Wellington Nazaré é natural da cidade de Coronel Fabriciano, a 210 quilómetros a Leste de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, e estava em Portugal há cerca de um ano. Na passada quinta-feira, tentou assaltar uma dependência do BES e acabou gravemente ferido. Se pedir a extradição para o Brasil, Wellington poderá cumprir apenas 1/3 da pena.
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