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Polícias ameaçam Governo

Associação Sindical admite formas de luta caso o futuro estatuto não preveja melhorias

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) admite adoptar formas de luta, caso o futuro estatuto não preveja melhorias no vencimento, subsídio de risco e progressão nas carreiras.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, não descartou a hipótese de «se realizarem formas de luta, entre as quais uma manifestação», caso o Ministério da Administração Interna (MAI) «não introduza melhorias significativas no estatuto dos polícias».

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«Exigimos uma melhoria no vencimento, a criação de um subsídio de risco para todos e a perspectiva de progressão na carreira», afirmou Paulo Rodrigues.

«Actualmente há uma grande desmotivação entre os profissionais da PSP», acrescentou.

Para o sindicalista, que quarta-feira vai a votos em lista única pela liderança da ASPP, «ser polícia é muito mais que uma profissão, é um modo de vida que tem obrigatoriamente de ser recompensado através do vencimento e do reconhecimento da carreira».

«O Governo tem de negociar de forma séria e deixar de lado questões economicistas. Temos estado a assistir a políticas de segurança de remendo por causa de questões economicistas», acusou.

A actual conjuntura de crise económica leva Paulo Rodrigues a prever que os próximos tempos sejam difíceis para os polícias, nomeadamente «com o aumento de roubos e assaltos e da criminalidade violenta».

«Vamos ter trabalho redobrado devido à crise e se o estatuto não estabelecer contrapartidas, a desmotivação entre os polícias agrava-se», alertou o sindicalista, garantindo que os profissionais estão «muito cépticos devido à recessão».

«Não podemos aceitar que elementos que têm tanta responsabilidade, que trabalham por turno e estão sujeitos a imenso stress, recebem 700 euros que é o salário de um agente», frisou.

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