Passou um ano. Manuel Dias foi a primeira vítima dos atentados em Paris, no dia 13 de novembro de 2015. E foi o primeiro a ser lembrado este domingo, nas várias homenagens que foram feitas pela capital.
O taxista estava junto ao Stade de France e foi o primeiro alvo dos terroristas. Junto ao local onde foi assassinado, repousa agora uma placa de pedra em sua memória, afixada na parede (ver imagem de capa deste artigo e fotogaleria).
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O filho de Manuel Dias naturalmente marcou presença na cerimónia e chegou mesmo a discursar em memória do pai, tentando passar também uma mensagem para os políticos ouvirem.
"Em França continuamos a viver em liberdade é fiundamental prservar acima de tudo a toleância e toda a diferença", começou por dizer Michael Dias.
"Ainda na sua vida permanece a resposta: nascer em Portugal e ter escolhido a França como país de adoção e ter a prova cabal que a integração é possível e necessária. Ele que tinha amigos de todas as nacionalidades e sempre respeitou a identidade de cada um para ele a França era o denominador que nos deu este sentimento de tolerância que eu guardo dele"
Há um ano, francamente emocionado, o filho de emigrante português contava como o pai era apaixonado por futebol.
Há poucos dias, antes de se assinalar o primeiro aniversário da morte do pai, Michael Dias responsabilizou o Estado francês pela falta de políticas de integração, o que, na sua opinião, está na origem da radicalização islamita de jovens.
Para além de Manuel Dias, também a portuguesa Précilia Correia morreu nos atentados.
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