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Legionella: fontes de contaminação «eliminadas»

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Secretário de Estado da Saúde, Fernando Leal da Costa, acredita que o assunto «está resolvido». Já Manuel Teixeira, o outro Secretário de Estado da mesma pasta governamental, defendeu que é preciso apurar responsabilidades para aplicar «punição»

O secretário de Estado da Saúde afirmou hoje que as autoridades estão convictas de que eliminaram todas as fontes de contaminação por legionella em Vila Franca de Xira e que o assunto «está resolvido».

«Tanto quanto podemos afirmar, estamos convictos de que eliminámos as fontes que estavam necessariamente ativas para gerar este surto», afirmou Fernando Leal da Costa à agência Lusa, no intervalo de uma conferência sobre combate à dependência de álcool e drogas nos países de língua portuguesa que decorre em Lisboa.

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Quando questionado especificamente sobre a origem do surto, o governante disse apenas que «há um conjunto de investigações que estão a ser feitas», não apontando nenhum local concreto.

A identificação da fonte «é importante para não se voltar a repetir, mas o mais importante para o Ministério da Saúde era tratar as pessoas imediatamente, mesmo sem saber de onde era a fonte, atuando em todas as fontes possíveis».

O governante garantiu que as autoridades agiram segundo as boas práticas internacionais e salientou «as medidas que foram tomadas, independentemente da identificação da fonte, de termos atuado para melhorar, se é que era preciso, as condições de cloragem da água e de ter imediamente procedido à desinfestação de todas as torres de refrigeração».

A estatégia das autoridades, assim, foi agir em todas as frentes: «Tomámos as medidas de largo espectro que iriam prevenir a emissão de legionella a partir de todas as fontes», disse Leal da Costa à Lusa.

Para o futuro próximo, o secretário de Estado espera «assistir à diminuição progressiva de novos casos», sublinhando: «brevemente esperamos começar a ter altas dos doentes internados e que a situação regresse à normalidade».

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Apurar responsabilidades para aplicar «punição»

Também hoje o outro secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, defendeu, no Porto, a necessidade de apurar as responsabilidades pelo surto de legionella na zona de Vila Franca de Xira para que se possa aplicar «a punição respetiva».

«Se se vier a confirmar, como parece, que os focos da bactéria foram de facto as torres de refrigeração ligadas àquelas empresas (…) têm de ser apuradas as responsabilidades e quem for responsável tem de facto de receber a punição respetiva», afirmou.

O secretário de Estado da Saúde falava no final da inauguração de uma sala de aulas dotadas de novas tecnologias para apoiar as crianças internadas no Serviço de Pediatria do Hospital de S. João.

Manuel Teixeira disse que a alteração legislativa de 2013 «não reviu nada que implicasse exigências e obrigações. Não pode ser atribuída [a esta revisão] a menor exigência de fiscalização, as causas têm de ser apuradas assim como as responsabilidades e, quem for responsável, tem de receber a punição respetiva».

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Solvay está a laborar com sistema de refrigeração alternativo

A Solvay, uma das três empresas do concelho de Vila Franca de Xira onde foi detetada a presença da bactéria Legionella, mantém-se a trabalhar com recurso a um sistema de refrigeração alternativo àquele que foi desligado.

Mário Branco, porta-voz da fábrica de produtos químicos Solvay, localizada na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, explicou à agência Lusa que a unidade está laborar, tendo recorrido a um sistema de refrigeração que não aquele que foi encerrado como medida de precaução, depois de análises teremdado teste positivo de Legionella.

«O facto de encerrar aquele grupo de refrigeração devido à natureza das análises não fez com que tivéssemos de deixar de laborar. Se tivéssemos encerrado todos os sistemas isso teria acontecido, mas só foi encerrada uma unidade», explicou o responsável daquela empresa do distrito de Lisboa.

A Solvay foi uma das três empresas do concelho de Vila Franca de Xira, juntamente com a ADP Fertilizantes (Adubos de Portugal) e a Central de Cervejas, cujas análises acusaram a presença da bactéria Legionella».

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Mário Branco explicou que o ambiente na fábrica é de «consternação e apreensão», mas garantiu que a empresa tem uma prática de «bons procedimentos», realizando «permanentemente uma desinfeção com lixivia, cloro e outro bio-dispersante para ser efetivo o combate às bactérias, incluindo a Legionella».

«Estamos confiantes de que os resultados indiquem que a Solvay fez o seu trabalho e não foi responsável pela transmissão. As inspeções do [Ministério] Ambiente são frequentes. Temos uma empresa com certificado internacional que faz a manutenção. Há alguma tranquilidade», frisou.

Também o diretor de comunicação e relações institucionais da Sociedade Central de Cervejas, Nuno Pinto Magalhães, explicou à Lusa que a empresa está a funcionar «de acordo com as orientações das autoridades», não adiantando se há alguma unidade que esteja encerrada, depois de os sistemas de refrigeração terem sido encerrados após a recomendação da DGS.

De acordo com o mesmo responsável, a Central de Cervejas tem um «plano de controlo regular às torres de refrigeração, mensal, do qual existem todos os registos».

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Nuno Pinto Magalhães adiantou ainda que a unidade decidiu «suspender a utilização dos balneários e fazer um tratamento de choque (limpeza e desinfestação) às torres de refrigeração, com conhecimento das autoridades e garantindo que do mesmo fossem retiradas amostras prévias».

De entre os 570 colaboradores da Central de Cervejas, Pinto Magalhães referiu que há um trabalhador afetado «que já não tem febre e que está a recuperar bem».

A agência Lusa tentou contatar os responsáveis pela administração e comunicação da ADP Fertilizantes, mas a informação prestada foi de que estes se encontravam em reunião.

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