O agente que matou a tiro o músico MC Snake na madrugada desta segunda-feira terá agido movido por uma «vontade de mostrar serviço, de progredir na carreira», adiantou ao tvi24.pt fonte policial que admite ainda não estarem reunidos os pressupostos legais para ser efectuada uma perseguição policial, nem para disparar contra o veículo em movimento. Segundo a mesma fonte, o agente terá já declarado aos colegas que «lhe pareceu que o homem estava armado» e por isso disparou.
MC Snake: família revoltada com «morte por explicar»
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Ao que o tvi24.pt apurou a operação policial em causa foi planeada com o «efectivo mínimo», ou seja, uma patrulha da esquadra do Calvário e uma Equipa de Intervenção Rápida (EIR) com quatro elementos. No momento da fuga, o oficial responsável pela operação estaria na esquadra «ocupado» com uma detenção.
Depois de Nuno Rodrigues, MC Snake, não ter obedecido ao sinal de paragem, os agentes encetaram a perseguição. «Poderiam estar na posse de informação errada sobre o suspeito, no entanto, o procedimento habitual não é a perseguição. O agente poderá ter agido por vontade de fazer detenções, de agradar ao chefe, uma vez que isso tem valor para a avaliação e para a progressão na carreira», adiantou a mesma fonte.
Nos casos de fuga a uma operação policial, o procedimento habitual é o de recolher de imediato as características do veículo, a matrícula e enviar a informação à central que depois emite às restantes patrulhas, de modo a que o suspeito em fuga possa ser interceptado noutro local ou para que o caso passe para as brigadas de investigação criminal. «As perseguições acontecem quando existem mandatos de captura ou existe perigo para a vida dos agentes ou de terceiros», explicou a mesma fonte.
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Segundo as informações policiais recolhidas, MC Snake não estava armado, nem transportava substâncias ilícitas. A explicação para a fuga pode estar no facto de Nuno Rodrigues ter consumido álcool, mas só a autópsia o poderá determinar.
O agente disparou três tiros, dois para o ar e um em direcção aos pneus que terá entrado pela mala do veículo, passado os bancos e atingido mortalmente MC Snake nas costas. Segundo informação recolhida junto de colegas do agente, o jovem de 28 anos estará «muito em baixo» e terá confessado aos colegas que lhe «pareceu que o suspeito estava armado». A PSP já disponibilizou apoio psicológico ao agente, no entanto, este ainda não terá decidido de aceita.
Contactada pelo tvi24.pt a Direcção Nacional da PSP reafirmou esta terça-feira que não presta qualquer esclarecimento sobre os incidentes até à conclusão dos dois inquéritos a decorrer.
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