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MP pede 25 anos de prisão para casal acusado de homicídio

Juca foi morto em Barcelos pelo companheiro da amante

O Ministério Público (MP) pediu esta quarta-feira uma pena «próxima» dos 25 anos de prisão para o casal acusado do homicídio do dono de um café de Esposende, que ocorreu em setembro de 2011 em Barcelos.

Durante as alegações finais do julgamento, no Tribunal de Barcelos, o MP sublinhou, segundo a agência Lusa, que aqueles dois arguidos «devem ser punidos severamente, com uma pena próxima dos máximos legais», pelo crime de homicídio qualificado.

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O MP deu como provado que a vítima, de 68 anos, «se relacionava» há mais de um ano com a arguida, de 48, e com a filha menor desta.

Juca, apelidado em tribunal de «mulherengo» e «macho latino», era dono de um café e, de acordo com a acusação, andava sempre com muito ouro e dinheiro.

No dia 19 de setembro de 2011, a arguida «montou uma cilada» a Juca, marcando com este um encontro de cariz sexual num descampado em Palme, Barcelos. Para além da amante, o empresário tinha à sua espera cinco homens, três dos quais munidos de armas de fogo.

De acordo com a Lusa, entre os homens estava o companheiro da arguida, que tentou ficar com o ouro de Juca e que perante a recusa disparou um tiro, a uma distância de dois metros, atingindo-o nas costas e provocando-lhe morte praticamente imediata.

Em julgamento, a arguida alegou que o objetivo era apenas roubar a vítima, para conseguir dinheiro para pagar a renda de casa, enquanto o companheiro optou por se remeter ao silêncio.

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Após o crime, o casal ainda retirou as peças em ouro que a vítima tinha consigo e venderam-nas por 1800 euros, sendo, por isso, também acusados de roubo.

«Foi este o preço que a vida do Juca representou para os arguidos», acusou o MP.

Dias depois, os arguidos voltaram ao local do crime, recolheram o cadáver, transportaram-no de carro até Fragoso, concelho de Barcelos, e atiraram-no para uma lagoa.

O corpo foi apenas encontrado a 26 de setembro.

Os restantes envolvidos não serão condenados por homicídio, por falta de provas.

A leitura do acórdão está marcada para 30 de outubro.

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