Beatriz Pereira tem 18 anos e terminou recentemente o curso de Cinema e Vídeo da Escola Secundária António Arroio, em Lisboa. Uma jovem normal, em vésperas de ingressar no Ensino Superior e que perante a pergunta “E agora?” decidiu fazer algo diferente sobre o tema.
No âmbito de uma Prova de Aptidão Artística, Beatriz - que confessou à TVI24 ter tido sempre “um grande interesse pela educação e pela maneira como a mesma molda as pessoas” - decidiu pegar num tema que é comum a todos os estudantes - o futuro académico - e “abordá-lo de um modo diferente, dando três opiniões, perspectivas e visões diferentes sobre a educação, quais os caminhos, quais as opções” de quem se depara com ele.
PUB
E assim fez. Munida de uma câmara de filmar, Beatriz recolheu os testemunhos de três amigas que já sabem que caminho querem seguir para dar uma resposta à pergunta “o que queres ser quando fores grande”. O plano de Maria Carreiro“Achei que valia a pena mostrar como três pessoas que estão na mesma situação presente avaliam e planeiam o futuro de maneiras tão diferentes”.
Mylène quer fazer um Foundation Year E se Maria não escolheu as artes, Mylène Silva tem planos nessa área para si e que podem não passar por Portugal.“Acho que vou por em primeiro lugar Neurofisiologia, no Porto. Vamos lá ver se aquilo não muda. Este ano se [a média] aumenta, não sei”, desabafa.
“A maior parte do meu plano é, basicamente, ir para Inglaterra para uma universidade lá fazer um Foundation Year em Arte e Design e depois logo se vê o que se vai passa”, afirma.
Sem grandes inseguranças de momento, a jovem artista já expôs a sua arte em Setúbal e considera que isso ajudou a perceber como é que o mundo das artes “funciona”. O ano livre de Stella Talvez por também querer perceber como o mundo dos adultos funciona, Stella Horta, outra das amigas de Beatriz, decidiu tirar um gap year.“Não estou a pensar tanto no que vai acontecer para o ano”, confessa.
“Vou tirar um ano para viajar, para trabalhar, para fazer voluntariado. Acho importantíssimo viajar com a nossa idade, porque com a nossa idade temos o rei na barriga”, diz Stella, que confessa não saber “nada” da vida.
E Beatriz?“Somos todos diferentes, não é? Acho estranho porem-nos num padrão. É normal haver um sistema, mas é assim: se eu tenho a certeza daquilo que eu quero, tenho imensa vontade de estudar, porque é que eu não vou estudar? Se eu estou insegura relativamente ao que eu quero fazer no futuro, devo ir ver o mundo”, afirma, reiterando que “o problema não é a pressão, é haver um padrão”.
A autora do vídeo confessa ter ficado “presa na fase do ‘E agora?’”. O tempo e a vida ajudarão certamente à(s) resposta(s).“Não sei o que me espera para o ano que vem. Nem sei o que me espera amanhã. Mas sei que não devemos sentir esta pressão para descobrir. Cada um deve trilhar o seu caminho ao seu tempo”.
PUB