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Drink Spiking é a nova arma dos criminosos

Bebidas adulteradas é o novo método utilizado para roubar e violar.O "drink spiking" é um novo fenómeno em Portugal e regista-se principalmente em zonas de diversão nocturna.

O ¿drink spiking¿ consiste na adição de substâncias psicotrópicas (estimulantes, tranquilizantes) na bebida de um desconhecido e é um método que facilita roubos e violações, anunciou o Jornal de Notícias. Este é um fenómeno muito recente em Portugal e ¿acontece quase sempre em bares e discotecas, mas também em festas privadas¿, explicou ao JN, o comissário Dário Prates, comandante da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP.

Existem cerca de 40 drogas que podem ser usadas para este fim, sendo os sedativos as substâncias mais utilizadas, tal como o ¿ectasy¿, o ¿LSD¿, os antidepressivos ou os relaxantes musculares. ¿Como o produto é inodoro, incolor e insípido, a vítima não o detecta¿, diz Dário Prates. Os efeitos começam a observar-se 10 a 20 minutos, após a ingestão da bebida e dependem muito do organismo de cada pessoa e da quantidade que cada uma ingere.

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Normalmente, a vítima sente vómitos, dificuldades respiratórias, espasmos ou perde a consciência ou a coordenação dos movimentos, tornando-a incapaz de se defender ou de recordar o sucedido. Em casos extremos, pode morrer.

Maria (nome fictício) de 19 anos, disse ao Jornal de Notícias, que já foi vítima deste novo fenómeno. Esta espanhola foi encontrada no Bairro Alto (Lisboa), em Abril passado, descalça, com lesões no corpo e sinais de ter sido violada, suspeita confirmada após a realização de exames médicos. Maria recordava-se apenas de ter ido a alguns bares da zona e de acordar na rua, no dia seguinte. Também vítima deste método foi António (nome fictício), 50 anos, que em declarações ao JN, explicou que se encontrava sozinho num bar do Cais do Sodré, em Lisboa, quando um desconhecio lhe ofereceu uma bebida. Minutos depois de a ter ingerido, começou a sentir tonturas e só se lembra de ter acordado no dia seguinte num passeio junto à estação de caminho-de-ferro de Cascais, sem nenhum dos seus haveres.

Não houve nenhuma detenção nos casos relatados, por não haver flagrante delito, mas também porque os resultados dos exames que permitem identificar a substância ingerida demoram meses a estar disponíveis. De acordo com Dário Prates, quem recorre ao ¿drink spiking¿ tem como principais objectivos o roubo e/ou a violação. Seja qual for o caso, o comissário aconselha a vítima a contactar o mais rapidamente possível as autoridades policiais e a ser observada por um médico.

Segundo a Polícia Federal Australiana, a Austrália é o país onde este fenómeno mais se faz sentir.

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