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Roubo com clonagem de cartões

Mais de 100 cidadãos detectaram desfalques nas contas bancárias. Número pode subir, porque nem todos deram conta da fraude no seu bolso. Clonagem foi em Leiria, mas gatunos usam cartões por todo o país

Mais de 100 cidadãos já apresentaram queixa na GNR por levantamento ilegal de dinheiro das suas contas bancárias. A clonagem de cartões terá ocorrido na zona da Benedita, Leiria, e os levantamentos ocorreram durante este fim-de-semana em todo o país.

A GNR suspeita que o número de queixas aumente à medida que as vítimas se apercebam da falta de dinheiro nas contas bancárias. «As primeiras denúncias começaram a chegar no sábado, mas ao final do dia de hoje já vamos com cerca de 100», disse ao PortugalDiário fonte da GNR.

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Número pode subir, porque nem todos os clientes deram já conta do esquema no seu saldo bancário.

A clonagem de cartões não é nova, no entanto, a dimensão desta vez «parece ser maior», adiantou ao PortugalDiário Francisco Velez Roxo, administrador executivo da SIBS, Sociedade Interbancária de Serviços.

As suspeitas recaem sobre uma quadrilha internacional que terá utilizado vários Terminais de Pagamento Automático (POS), máquinas utilizadas pelos comerciantes, da zona da Benedita para a clonagem dos cartões, isto é, para aceder à informação da banda magnética e ao código secreto.

Com a utilização de um software avançado, os ladrões conseguem aceder à informação necessária para proceder ao desfalque.

Depois de recolhido os dados, os suspeitos começaram a utilizar os cartões em vários pontos do país. «Há levantamentos em vários localidades de Norte a Sul. Actualmente os levantamentos já terminaram», esclarece a mesma fonte.

O Sistema de Detecção de Fraude da SIBS detectou a ocorrência destes levantamentos e automaticamente colocou os cartões com movimentos suspeitos, (cartões que num determinado momento efectuam levantamentos em vários terminais), na «lista cinzenta». Isto é, com inibição de utilização.

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«No entanto, entre o momento em que o sistema detecta a fraude e a inibição de cartões decorre algum tempo, o que é suficiente para os assaltantes actuarem», precisou Francisco Velez Roxo. Os suspeitos deste caso actuaram em simultâneo. «Com minutos, talvez algumas horas, de diferença».

A Polícia Judiciária está desde o primeiro momento em colaboração com os elementos da SIBS e está já no encalço dos suspeitos. «O modus operandi não é novo. Nos últimos dois meses houve casos muito semelhantes que acabaram com a detenção dos suspeitos. Desta vez, terão sido utilizados mais elementos da quadrilha para efectuar os levantamentos ao mesmo tempo em vários locais».

A dimensão do «estragos» ainda não é totalmente conhecida. A SIBS espera emitir um comunicado durante o dia de amanhã, no qual deverá precisar o número de clientes lesados e as quantias envolvidas.

Nota: As queixas ascendem já às 130, informou a GNR de Leiria esta terça-feira. Segundo as autoridades, é normal que o número continue a subir: à medida que as notícias vão saindo na comunicação social, as pessoas ficam mais alerta e apercebem-se de movimentos estranhos nas suas contas.

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