Cinco pessoas foram constituídas arguidas no âmbito de uma operação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) destinada a desmantelar uma rede de venda de documentos falsos a cidadãos brasileiros que se queriam legalizar no território português.
De acordo com um comunicado do SEF divulgado esta sexta-feira, a operação decorreu na madrugada de quinta-feira em Torres Vedras, Vila Franca de Xira e Amadora e envolveu o cumprimento de cinco mandados judiciais para buscas a domicílios e a um escritório.
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A organização criminosa dedicava-se «de forma reiterada à falsificação ou contrafacção de diversos tipos de documentos para posteriormente serem vendidos» a brasileiros em situação de permanência irregular ou precária.
Em causa, especifica a Lusa, estão os crimes de associação criminosa, auxílio à imigração ilegal, falsificação ou contrafacção de documento, burla e usurpação de funções, entre outros, cometidos em território nacional e contra um número de estrangeiros ainda não apurado, mas que ascende a «centenas».
«A documentação em causa era, regra geral, forjada pela principal suspeita, que se fazia passar por advogada, com escritório aberto, tendo contado com a colaboração activa de uma rede de intermediários de nacionalidade portuguesa e brasileira especializada na angariação de interessados», conta o SEF.
Da operação resultou a recolha de «precisa e inquestionável prova material, sobretudo documental». A investigação continuará agora a desenvolver-se, sob a coordenação do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.
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