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Casa Pia: os intervenientes

Recorde aqui os nomes que vão ficar para sempre ligados ao processo

Vários nomes destacaram-se no decorrer do processo e da investigação. A agência Lusa fez uma pequena lista:

Carlos Silvino - ex-motorista e ex-aluno da Casa Pia, é o principal arguido do caso. Durante o julgamento, manifestou-se «arrependido» dos mais de 600 crimes de abuso sexual de menores que lhe são imputados e o seu papel foi essencialmente de implicar outros arguidos. Declarou-se ele próprio uma vítima de abusos sexuais enquanto antigo aluno da instituição.

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Carlos Cruz - uma das personalidades mais conhecidas da rádio e televisão nas últimas décadas, alegou sempre inocência, procurando reconstituir os últimos anos da sua vida através de recibos bancários, de portagens e facturas, procurando provar que não esteve onde as vítimas afirmam tê-lo visto.

Ferreira Diniz - médico, acolheu em sua casa um aluno da Casa Pia, mas nega alguma vez ter abusado de jovens, apontando várias incongruências aos testemunhos dos jovens, nomeadamente o facto de o terem apontado como possuidor de um Ferrari vermelho numa altura em que, afirma, não tinha tal automóvel, que veio a comprar depois.

Jorge Ritto - embaixador reformado, foi o único arguido a nunca falar durante o julgamento. A sua defesa assentou em admitir ter mantido relações com menores de idade, mas de idade superior a 16 anos. À margem das acusações de que foi alvo neste processo, pairou sempre no ar um outro episódio passado em 1982, em que crianças da Casa Pia teriam sido encontradas na sua casa da Cascais, numa altura em que alegadamente estava fora do país.

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Manuel Abrantes - ex-provedor-adjunto da Casa Pia, afirmou ter certeza de que «há uma história» de abusos sexuais de alunos da instituição, mas não com os protagonistas actualmente a serem julgados. Submeteu-se a testes, incluindo um perfil psicológico, e entregou diversos documentos que reconstituem o rasto electrónico da sua vida nos momentos em que teriam ocorrido os abusos para tentar provar a sua inocência.

Hugo Marçal - advogado de Elvas, o seu envolvimento no caso começou ao ter assumido a defesa de Carlos Silvino, mas acabou por ser constituído arguido, acusado de organizar com «Bibi» a suposta rede de angariação de menores, que passaria por uma vivenda de Elvas onde supostamente ocorreram abusos sexuais.

Gertrudes Nunes - durante o julgamento, fez o possível por não expor o rosto às objectivas das câmaras e máquinas fotográficas. É proprietária da casa de Elvas mas alegou não conhecer os outros arguidos.

Advogados, Juízes e Ministério Público

Miguel Matias a- lidera a equipa de advogados de defesa das vítimas, assumindo uma posição anteriormente ocupada por nomes conhecidos da advocacia como Daniel Proença de Carvalho, António Pinto Pereira ou José António Barreiros.

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Ricardo Sá Fernandes - Com António Serra Lopes, assegura a defesa de Carlos Cruz. Foi secretário de Estado dos Assuntos Fiscais num Governo de António Guterres e esteve ligado ao processo de Camarate, relacionado com a morte do ex-primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro em 1980.

José Maria Martins - o defensor oficioso de Carlos Silvino foi ele próprio protagonista de notícias durante os últimos quatro anos, nomeadamente por incidentes processuais por si suscitados e por processos disciplinares que lhe foram instaurados pela Ordem dos Advogados.

Ana Peres - juíza presidente do colectivo de juízes da Boa-Hora, tinha apenas seis meses de magistratura quando o julgamento se iniciou. É coadjuvada por Ester Santos e José Manuel Barata. Ficará associada à frase «Faça chuva, faça sol ou chovam picaretas», por si proferida, para vincar a data de início das alegações finais do julgamento.

João Aibéo - Procurador do Ministério Público cuja carreira passou pelo Tribunal Criminal da Boa-Hora, assumiu a coordenação da acusação, tendo ao seu lado as procuradoras Cristina Faleiro e Paula Soares.

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