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Provedor defende aumento das bolsas

Arsélio Pato de Carvalho revela a sua preocupação com «o clima de desconfiança dos bolseiros relativamente à direção da FCT»

O provedor do Bolseiro de Investigação defende o aumento de bolsas a conceder ainda este ano, para minimizar o impacto dos cortes nas bolsas de doutoramento e pós-doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Num memorando dirigido há uma semana ao presidente da FCT, Miguel Seabra, e divulgado esta terça-feira pela Lusa, o provedor Arsélio Pato de Carvalho afirma que «o pânico gerado nos bolseiros e nas instituições científicas», devido à redução do número de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento, «poderá ser minimizado, injetando financiamento adicional para aumentar o número de bolsas a atribuir ainda em 2014, na sequência da avaliação ponderada dos recursos pendentes».

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A nota foi divulgada pela Associação de Bolseiros de Investigação Científica, que pediu a intervenção do provedor a 29 de janeiro e hoje anunciou ter solicitado, na segunda-feira, uma audiência ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, face às preocupações com o desemprego, a emigração e a precariedade do trabalho dos investigadores.

Há cerca de um mês, a comunidade científica saiu à rua, em Lisboa, em protesto, acusando o Governo de desinvestimento na ciência, que o executivo tem refutado.

Na origem do protesto esteve a diminuição do número de bolsas individuais de doutoramento e pós-doutoramento da FCT.

No concurso de 2013, cujos resultados foram divulgados em janeiro passado, foram atribuídas menos 900 bolsas individuais de doutoramento e menos 444 bolsas de pós-doutoramento face a 2012.

No memorando, o provedor do Bolseiro de Investigação revela a sua preocupação com «o clima de desconfiança dos bolseiros relativamente à direção da FCT», que «está a alastrar para uma parte significativa da comunidade científica portuguesa».

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Segundo Arsélio Pato de Carvalho, «este clima tem maior impacto nos mais jovens, por serem os mais vulneráveis», sendo que «os bolseiros, ou o seu equivalente, contribuem com uma força de trabalho científico muito significativa nos institutos de investigação científica em Portugal e noutros países».

O provedor pede à FCT esclarecimentos sobre o processo do concurso de bolsas individuais, nomeadamente sobre as queixas recebidas de incumprimento de prazos, alteração de regras e da ordenação das classificações dos avaliadores e de taxas de aprovação diferenciadas por áreas científicas.

A Lusa procurou saber junto da FCT qual a resposta dada ao provedor, mas tal não foi possível.

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