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Maldade e exclusão mais praticados por raparigas

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Bullying: é preciso mudar comportamentos de desvalorização e negação, alerta especialista

Os comportamentos indirectos de «bullying», como a maldade ou a exclusão, são mais praticados pelas raparigas, contrariando o estereótipo de que o fenómeno está mais associado ao sexo masculino, defendeu esta quinta-feira em Coimbra uma especialista citada pela Lusa.

Sónia Seixas disse também que o combate ao problema passa pelo envolvimento de toda a comunidade escolar, preconizando uma mudança de atitude em relação a este tipo de violência no contexto escolar.

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«O ideal é que toda a comunidade se envolva para conhecer o fenómeno. O primeiro passo para fazer alguma coisa é mudar as atitudes da comunidade escolar, nomeadamente de profissionais e de alguns pais, quando desvalorizam ou negam o problema», considerou a docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém.

Autora de uma tese de doutoramento sobre «bullying», Sónia Seixas defendeu a necessidade de «desmistificar crenças e falsas atitudes» relativamente ao «bullying», estabelecer regras de conduta e incentivar a supervisão por parte dos adultos, nomeadamente no recreio, onde se verificam muitos dos casos. De acordo com Sónia Seixas, deve ser efectuada também uma intervenção directa, diferenciada, com os agressores e as vítimas.

Na sua comunicação, a professora do ensino superior disse ainda existir «um estereótipo de que os comportamentos de «bullying» são mais frequentes no sexo masculino». «Contudo, os comportamentos indirectos de «bullying», como a maldade ou a exclusão, são mais praticados pelo sexo feminino», ressalvou.

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Na investigação que realizou em escolas do III ciclo do distrito de Lisboa, usando um instrumento de nomeação pelos alunos dos colegas agressores e vítimas, Sónia Seixas apurou que 17,9 por cento dos jovens são classificados no primeiro grupo e 17,2 por cento são identificados pelos pares como vítimas.

Outro orador no seminário, o pedopsiquiatra Mário Jorge Loureiro, considerou que as crescentes exigências do trabalho impedem os pais de estar com os filhos o tempo necessário.

Segundo o médico do Hospital Pediátrico de Coimbra, grande parte das crianças vítimas de «bullying» não se queixam, porque «não têm protecção parental, não sentem confiança».

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