A secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, alertou esta sexta-feira para o facto de as vítimas de «bullying» homofóbico terem mais tendência para cometer suicídio e defendeu uma maior intervenção das escolas no combate ao fenómeno.
Teresa Morais participou esta manhã na sessão de abertura de uma conferência subordinada ao tema da homofobia e transfobia nas escolas, que decorreu na Escola Secundária Pedro Alexandrino, em Odivelas.
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Esta iniciativa, organizada pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) insere-se no âmbito do Dia Internacional contra a Homofobia (discriminação de pessoas homossexuais e transsexuais), que se assinala no sábado.
«Estamos a falar de crenças e atitudes de repulsa e desprezo pela vítima, que faz baixar, invariavelmente, o seu nível de autoestima. Existem estudos que apontam para uma probabilidade duas ou três vezes maiores destas vítimas virem a cometer suicídio», apontou a governante.
Na sua intervenção Teresa Morais referiu ainda o facto deste tipo de violência com cariz homofóbico ser praticado «muitas vezes numa base de suposições» quando em alguns casos o visado «ainda nem sequer tem definido» a sua orientação sexual.
«É importante que as escolas consigam criar uma rede de apoio em torno destas vítimas e possam assim evitar o sofrimento destas», defendeu
No entanto, a secretária de Estado ressalvou que não considera que Portugal seja um país homofóbico e realçou o facto de estar bem colocado a nível europeu no que diz respeito às políticas de combate à homofobia.
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Em declarações à agência Lusa a presidente da CIG, Fátima Duarte, destacou a importância deste tipo de iniciativas junto das escolas, sublinhando o papel das instituições de ensino na «erradicação de sentimentos homofóbicos».
«É nestas idades e nestes ambientes que o bullying homofóbico se manifesta. Então, é nesta fase da vida que a educação pode fazer o seu efeito de desmistificar e desconstruir e educar para a igualdade», atestou.
Fátima Duarte alertou ainda para o facto da vítima de violência homofóbica ser «uma vítima invisível» por sua vontade, uma vez que «não sabe se tem o apoio escolar e familiar», ao decidir apresentar queixa.
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